Pelas quadras da vida CCIV

Era, sim, moda antiga

Para a qual trago algum lume;

Do tempo em que raparigas

Disfarçavam seu costume...

Nas licenciosas casas,

Como o mister indicar?

Como liberar as asas

De quem fosse fornicar?

Os donos das que serviam

Não queriam profanar

E, então, eles se valiam

De um jeito singular...

Quem visse à porta um ramo

Sabia pra onde ia,

Atendendo ao reclamo

Do corpo que então pedia...

É por isso que rameira

Tem hoje este sentido:

De uma mulher na esteira

De destino tão sofrido.