Cancioneta (parte X)
"La poesía no quiere adeptos, quiere amantes'
Frederico García Lorca
*****
[céu em cores e nuances
faz a noite a sua entrada
pelo páramo que lance
luz na lua enamorada]
O universo testemunha
Eu recebo como amor
Minha pele em suas unhas
No seu beijo ao sol se pôr...
Já no ocaso estampado
No luzir brando que expressa
Eu a tenho do meu lado
O momento não tem pressa...
[pelo toque forte e ameno
queima em chama o fogo fátuo
oscilante num veneno
mas antídoto co'o tato]
No poema de presença
Eu deixei o que podia
Tudo mais a que pertença
Na memória e poesia...
Não precisa de porquê
Ela a "anima" decerto
Em corpo e alma [a psiquê]
Eu o "animus" liberto...
(FIM)