Cancioneta (parte IX)

[como o pássaro rasante

cujo vôo rasga o som

cintilando num instante

tudo aquilo que há de bom]

Revoada em piscadelas

Eu consigo perceber

O poema que vem dela

Que se escreve com prazer...

O bater das asas canta

Pelas penas de cetim

Surge mágica uma manta

Eu envolvo o amor enfim...

[chega a tarde sem alarde

tanta coisa aconteceu

tudo agora nunca é tarde

no entoar da lira de Orfeu]

Faz-se a bruma inebriante

Entre ditos e enlear

Do romance neste instante

Onde o ocaso tem lugar...

Como o tempo a noite gira

Dois em par e grande beijo

O bailar conforme a lira

Dentre o fogo que eu desejo...

Alexander Herzog
Enviado por Alexander Herzog em 06/09/2024
Reeditado em 07/09/2024
Código do texto: T8145935
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