Cancioneta (parte VIII)
[se sereno põe-se o olhar
a energia brilha ativa
quanto mais ao despertar
pela voz que emana viva]
Sem palavras, só sentidos
Tão suave o seu bom dia
Tanto som nele contido
Tanta luz de poesia...
Quando doce raia o sol
Cobre quente a sua tez
Ela fala em espanhol
Eu sorrio em bom francês...
[o café se torna um vinho
onde os olhos marejados
trazem vento de mansinho
me dizendo ser amado]
O silêncio às vezes grita
Um segundo é como um ano
Ela está mais que bonita
Um soneto italiano...
Como fosse a eternidade
Nas pupilas cor de mel
Ela sente de verdade
Me chamando até de céu...