Cancioneta (parte III)
[se um sol no peito arde
pelos olhos, lua brilha
o poente finda a tarde
pensamento impõe a trilha]
Parecia por acaso
Eu um barco rente ao cais
E o laranja cor do ocaso
O vermelho sempre traz...
Sentimentos sem pesares
E eu de novo e de repente
Oscilante como os mares
Tudo volta muito quente...
[já que a pele ainda expira
as moléculas ferinas
num brasido invoca a lira
a feniletilamina]
Sensação maravilhosa
Eu não pude a intuir
O tambor em tom que goza
Anuncia o som porvir...
O roteiro continua
Caminhada forte e anímica
Tão poética insta nua
Exalando aquela química...