Cancioneta (parte II)
[como um colo que recebe
a criança quando brinca
mas amando numa febre
onde os braços formam trinca]
Passo o tempo num colégio
Faz-me escola como a vida
Sentimento tão egrégio
Um jardim de margaridas...
Paço belo e imperial
Uma flor, minha rainha
Tanto bem se quanto mal
Pé a pé, alma caminha...
[o poema por conter
existia muito antes
um amor dentro do ser
flor fogosa numa amante]
O suor escorre doce
Eu jamais imaginei
Natureza que assim fosse
Natural enquanto lei
Já que a língua em obra prima
Num bailar em minha boca
Completava-me na rima
Bailarina muito louca...
[...]