Repente

Repentista 1:

No sertão de sol ardente,

Onde a seca faz morada,

O vaqueiro, valente,

Na lida é uma fera criada.

Com seu chapéu reluzente,

Montado na sua jornada,

Vai tocando o boi pra frente,

Na estrada empoeirada.

Repentista 2:

Com seu laço e sua peixeira,

Domina o boi com destreza,

Na caatinga, na ladeira,

Mostra sua grandeza.

Na sina de vaqueira,

Sua história é uma beleza,

Nas veredas da poeira,

Ele é rei, não tem surpresa.

Repentista 1:

No rodeio da vaquejada,

Ele mostra sua habilidade,

Com coragem desmedida,

Enfrenta a fera indomada.

Nas pegadas da estrada,

Seguindo sua vontade,

O vaqueiro, na jornada,

É símbolo da liberdade.

Repentista 2:

Com seu jeito nordestino,

Vai tocar o seu destino,

Entre espinhos e espinheiros,

Enfrentando os desenganos.

No seu peito, os desesperos,

Mas também os sonhos ufanos,

Nas rimas de um repente,

Ele é o herói, valente.