"E diz ao vento que passa" 
trovas de Manuel Alegre cantadas por António Correia de Oliveira e Vitorino


Trovas ao vento que passa

“Mesmo na noite mais triste
Em tempo de servidão
Há sempre alguém que resiste
Há sempre alguém que diz não”

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Escolhi esta quadra de entre as muitas que compôem o poema e fiz as minhas trovas.


Digo não á servidão.
E digo não aos disfarces
Direi não à solidão
De um povo que se arraste.

E digo ao vento que passa
Que grassa no meu país
Que leve tanta desgraça
Que o torne um povo feliz

E digo ao vento que passa .
Que deixe desprenderem-se as verdades.
De bocas que estão açaimadas.
E fechadas entre grades.

Tu vento que passas ligeiro.
Vê como a tristeza inunda.
Famílias que sem dinheiro.
A caírem na miséria imunda.

Tu criança ,homem serás.
Nos anos que são vindouros.
Clama ao vento a temperança.
Que será o teu maior tesouro.

Nunca ocultes a perseverança
Que em teu coração guardares.
Pois serás a grande esperança
Para o mundo mudares

De tta
31-12-2007
23.02

Tetita ou Té
Enviado por Tetita ou Té em 01/01/2008
Reeditado em 08/01/2008
Código do texto: T798755
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