O VASTO DESERTO DA SOLIDÃO
Um homem sem ter carinhos
é como deserto vasto
um jardim só com espinhos
alguém sozinho e casto
De um lado não tem ninguém
que abrace seu coração
e do outro lado também
com quem tenha comunhão
Não tem calor feminino
dorme desacompanhado
parece pobre menino
um dia abandonado
Tudo fragmento de nada
sem migalhas do destino
ventania disparada
mente dum homem-menino
Esgana-o a solidão
sem afagos passam os dias
amargurado coração
que derrete em agonias