SENHOR PRESIDENTE!
Embargue esta falsa eleição,
Cheia de cartas marcadas;
É um achaque à população,
A constituição sendo rasgada.
Esta colcha de retalhos,
Abarrotada de casuísmos;
É um acinte a todos os olhos,
Ditadura com cinismo.
A começar pelo candidato,
Não julgado dos seus crimes;
À decência um desacato,
Uma tentativa de golpe.
A impunidade ficando eterna,
Com quinhentos anos de falcatruas;
Esta tendência a baderna,
É o começo das ditaduras.
O golpe já foi dado,
E o senhor engoliu a isca;
Seu espírito de soldado,
Lhe faz ser legalista.
Tentei muito lhe alertar,
Para dar o contragolpe;
E a mentira lapidar,
Continua a galope.
Não embarque nesta fria,
onde não houve paridade;
na justiça não se fia,
quando há parcialidade.
O $upremo já provou,
Que não curte a verdade;
E o careca já mostrou,
O tamanho de sua vaidade.
A democracia foi furtada,
Até um cego pode ver;
O ministério da defesa,
Não vai a constituição defender?
O senhor é o presidente,
Eleito democraticamente;
Não entregue de presente,
A esperança da gente.
Não adianta ser legalista,
Quando se enfrenta quadrilhas;
Compostas por comunistas,
Que lhe preparam armadilhas.
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