Escondida entre a folhagem
Violeta a flor perfumosa
Qual donzela recatada
Sem se mostrar plenamente
Primeiro asperge o perfume
E só no fim aparece
Pra se entregar envolvente
No jardim ela se destaca
É cheirosa e sabe disso
Há branca, rosa e amarela
E tem fogo de mil amores
A vermelha que é feitiço
Por isso ela foi eleita:
Rosa, a Rainha das Flores.
Tem a florzinha dengosa
De elevada nobreza
Preferida dos amantes.
E nas guirlandas nupciais
Ela gosta de aparecer.
Minha açucena morena
Pra abençoar os casais.
O cravo brigou com a rosa
Morto de ciúme, o coitado
Embora muito cheiroso
No jardim vive bronqueando.
E por sentir-se abandonado
No fim ele foi parar
Na lapela do malandro.
Margarida toda exibida
Está sempre tirando a sorte
Bem-me-quer, se o caso é sério
Mal-me-quer, não dá o recado
Flor que não fede nem cheira
Mas como traduz alegria
Compra-se em qualquer mercado