Das flores

Escondida entre a folhagem

Violeta a flor perfumosa

Qual donzela recatada

Sem se mostrar plenamente

Primeiro asperge o perfume

E só no fim aparece

Pra se entregar envolvente

No jardim ela se destaca

É cheirosa e sabe disso

Há branca, rosa e amarela
E tem fogo de mil amores

A vermelha que é feitiço

Por isso ela foi eleita:

Rosa, a Rainha das Flores.

 

Tem a florzinha dengosa

De elevada nobreza

Preferida dos amantes.

E nas guirlandas nupciais
Ela gosta de  aparecer.

Minha açucena morena

Pra abençoar os casais.

 

O cravo brigou com a rosa

Morto de ciúme, o coitado

Embora muito cheiroso
No jardim vive bronqueando.

E por sentir-se abandonado

No fim  ele foi parar  

Na lapela do malandro.

 

Margarida toda exibida
Está sempre tirando a sorte

Bem-me-quer, se o caso é sério

Mal-me-quer, não dá o recado

Flor que não fede nem cheira

Mas como traduz alegria

Compra-se em qualquer mercado

 

 

 

 

 

 

 

Vinícius Lena
Enviado por Vinícius Lena em 30/11/2007
Reeditado em 10/03/2008
Código do texto: T758606