Mizinho
Mizinho
Agora eu vou versar
Por alguém bem queridinho
Sabe de quem vou falar?
É do meu neto mizinho
Ele nasceu em oitenta e seis
O mês eu ainda lembro
Vou dizer mais uma vez
Foi no final de dezembro
Menino obediente
Nunca gostava de bola
Porém sempre inteligente
Tirava dez na escola
Ele sempre me pedia
Pra fazer o dever de casa
Em sua carinha de alegria
Via que o vovô arrasava
Quando tinha 15 anos
Mudou para Fortaleza
Esqueceu os desenganos
Naquela terra de beleza
Um dia ele foi chamado
Para um seguro vender
No sol quente, avermelhado
Ele vendeu pra valer
Despertou a atenção
O jovem do Papicu
E veio uma convocação
Para ir para o Itaú
De repente ele mostrou
Para onde tinha ido
Tão bem ele trabalhou
Que logo foi promovido
Os anos logo passaram
E do banco ele gostou
Mas os sonhos lhe amarraram
Pois era empreendedor
Solicitou demissão
Uma loucura ele faria?
A ninguém escutou não
Ele abriu uma padaria
Fez o contrário do avô
Que era velho padeiro
Será que ele combinou
Para trocar o paradeiro
Aprendeu a fazer pão
Bem feito e bem assado
Mas o sonho no coração
Era abrir o arretado
Em em dois mil e dezesseis
Deus lhe amou desde o início
Pois pela primeira vez
Nasceu seu filho Vinícius
Em dois mil e vinte e dois
Deus mexe no seu destino
Porque portanto e a pois
Deus lhe deu outro menino
O seu nome é João Davi
Ele anda não nasceu
Mas será Amado aqui
Foi Deus quem lhe concedeu
Conto esta linda história
Com regozijo completo
Pois sinto o peso da Glória
Com meu segundo bisneto