AINDA TROVAS DE NOVEMBRO/07
TROVA NOVA
aos pedaços vão saindo
após uma a outra trova
eu aqui já vou sorrindo
vou cantar a trova nova.
REGRAS NAS TROVAS
ela é quem me consola
prá botar o trem nos trilhos
não faz as trovas na sola
faz na regra, rima os brilhos.
QUATRO VERSOS, SETE SÍLABAS
faz na regra, rima os brilhos.
sílabas, verso e avesso,
contam sete, como os filhos,
incluindo o mais travesso.
NOS SEUS BRAÇOS
quero aconchego eterno
sempre venho e quando chego
trago o seu verão no inverno
- não sou troiano nem grego!
MARCHA PARA O OESTE
canto lindo si bemol...
plataforma da estação
silva o trem na aluação
- lá vou eu atrás do sol.
ZORRA ZUNE E DORME
que jorra do coração
a poesia tenho certeza
é como soltar pião
rodopiando a beleza.
A CANÇÃO DENTRO DO PEITO
prá tocar num coração
eu fiquei meio sem jeito
eu comprei um violão
- tocava as cordas...ou o peito?...
ÀS VEZES RECRIO A CRIAÇÃO
outras, ela me recria
quando tece e acontece
de ser poesia como prece
- panteísta alegoria!...
ESPELHO ESPELHO MEU
das palavras que ele cria
se já não crê na lua-cheia
a bonita não alumia
feiura de mulher feia.
NA CIRANDA DO BEM
de ciranda, frevo e lual
de lual, frevo e ciranda
longe vai quem menos anda
- de ninguém não fala mal...
INSOSSOS
"- já nem sei se vou pro céu!"
é bem melhor dizer assim
santo, anjo e querubim
que habitem mausoléu.
TOMA JEITO, MENINA!
fazendo da rima carrossel
brincando de versejar
pego a mão no passa-anel
dou um beijo e vou brincar.
(Divulguei sete Trovas de Novembro. O trabalho com elas, organizado no blog de Rosângela Aliberti ficou muito bonito. Convido-os a conhecerem: http://www.rosangelaliberti.recantodasletras.com.br/blog.php?idb=9127)