Trovas

A natureza virou um estorvo

Para quem só pensa em lucrar

E no Brasil de agora, o corvo

Tem a primazia de malbaratar

No rio o que corre é mercúrio

No afã de mais ouro se achar

O homem sem limite e espúrio

Não vê que está a tudo assolar

Onde não está, o pesar vai chegar

Maldade espalha os tentáculos

Nada poderá se tornar obstáculo

Para a injustiça assentar seu lugar