GUERRA, TRÉGUA, PAZ,

 

Decência é sentimento,

Que os perigosos não têm;

A guerra é um procedimento,

Que mata inocentes também.

 

Que amor à pátria é este,

Com tanta destruição;

Se render enquanto existe,

Não seria melhor solução?

 

Uma pátria com defuntos,

Cujos prédios são escombros;

Destruídos os quatro cantos,

Virou um monte de entulhos.

 

Todo mundo é meio escravo,

Dentro de qualquer regime;

Dos governos somos servos,

Não jogamos no mesmo time.

 

Russos, americanos, chineses,

São três potências mundiais;

Usam suas “catequeses”,

Mostram como são boçais.

 

Não dão valor para a vida,

Num cinismo escandaloso;

A cobiça possuída,

Mascaram de modo jeitoso.

 

Todos querem o poder,

Custe o quanto custar;

Não importa quantos vão morrer,

Mas, EU tenho que ganhar.

 

O discurso é patriota,

Pra esconder a falsidade;

É um teatro de lorotas,

Onde falta a verdade.

 

A verdade é que morre gente,

Em toda guerra por poder;

A grande maioria inocentes,

Que não sabem o que fazer.

 

Um bando de egoístas,

Cercados de seguranças;

Fingem que são estadistas,

Mas matam nossas esperanças.

 

Pátria que eu saiba é habitantes,

Que amam e vivem no mesmo solo;

Nunca será “sobreviventes”,

Sendo carregados no colo.