DESAFORTUNADO"
"DESAFORTUNADO"
Cansado de tanta labuta
Volta o gaudério para o lar
O suor escorrendo pelo rosto
Encardido de tanto trabalhar.
Sua coluna encurvada
Parecendo árvore açoitada pelo vento
Mãos calejadas pela enxada
E cabelos brancos pelo tempo.
O sol abrasador
Tem muito lhe castigado
Enrugando sua pele
Parecendo um homem amargurado.
Mas, ao vê-lo bem de perto
Em seus olhos nota-se o brilho
De uma alma orgulhosa
Da vida que tem tido.
Sabe que a sua sina
É viver modestamente
Trabalhador e honesto
Quer demonstrar à toda a gente.
De amor a sua terra
Em seu íntimo soa uma canção
Dando forças às suas pernas
E alento ao seu coração.
Nilo Fiosson
02.03.2022