A caneta mágica

Caminhando pela vida

Sem pretensão alguma

Em meio à uma avenida

E sobre uma grande bruma

Avistei no chão vermelho

Uma caneta a brilhar

Parecia ser feita de espelhos

Com sua luz forte a cintilar

Então peguei aquela caneta

Sua beleza me encantou

Sua escrita era perfeita

Não sei como alguém a jogou

Levando ela pra minha casa

Ficava olhando a admirar

Tem vezes que parecia brasa

Querendo me hipnotizar

Não estava mais resistindo

E num surto de loucura

Peguei aquela caneta

E me deu uma grande tontura

Então minha mente se abriu

E eu comecei a escrever

E um texto logo me surgiu

O primeiro que pus-me a fazer

Depois disso não parei mais

Não tinha folha que bastasse

Mas isso só me dava paz

Não parava nem se cansasse

Textos, trovas, poesias

Contos e grandes histórias

E isso era noite e dia

Pra mim era digna de glória

Essa caneta encantada

Trazia consigo magia

Como foi bom encontrá-la

Ela preenchia o meu dia

Um dia senti ela fraca

Estava com a tinta acabando

Eu tentava escrever e nada

Dia a dia foi piorando

Até que se acabou de vez

E aquela caneta secou

Tudo o que ela então me fez

Em mim então se modificou

Comprei uma outra caneta

Que nem era assim tão bonita

Coloquei ela na gaveta

E senti uma coisa esquisita

Me deu vontade de escrever

E foi então que percebi

Que a caneta que veio a morrer

Deixou esse hábito em mim

De escrever e escrever

Com a caneta que podia

E isso então me fez entender

Que a escrita é que era a magia!

Poemicida
Enviado por Poemicida em 12/01/2022
Reeditado em 13/01/2022
Código do texto: T7427522
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