Pelas quadras da vida XLVIII

1

É tamanha a carestia

Que a comida té sumiu...

Pra muitos a regalia

É comer neste Brasil!

2

É gente que nem a gente

Na busca da sobra em lixo...

A fome mais inclemente

Na barriga é só comicho.

3

Todo dia ao meu portão

Alguém pede uma ajudinha;

Dói tanto meu coração,

Quando é uma criancinha...