TROVAS AVULSAS XI

1

Faz malhação todo dia,

corpo sarado, com tudo!

Mas é embalagem vazia,

pois lhe falta conteúdo.

2

Neste domingo de agosto,

como em tantos no passado,

me daria muito gosto

ter meu pai aqui do lado.

3

De uma ingênua brincadeira,

nosso amor não tem mais cura,

já chegamos à fronteira

da paixão com a loucura.

4

Busquei, de toda maneira,

conquistar seu coração,

mas esbarrei na fronteira,

da amizade com a paixão.

5

Metamorfose anda farta

de tanta gente careta,

que não tolera a lagarta,

mas sonha com a borboleta.

6

Tudo muda em sua vida,

quando chega o carnaval!

Do morro para a avenida,

metamorfose total!

7

Cada trova semeada,

em seu encanto profundo,

sendo rosa perfumada

torna mais feliz o mundo.

8

Cada verso é flor colhida,

num jardim que se renova.

Quem nunca rimou na vida

que a atire a primeira trova.

9

Por baixo da maquiagem,

grande dor trago escondida.

É feliz a personagem,

mas o ator vai mal na vida.

10

Enganosa a minha imagem,

sorriso pronto no rosto!

Tudo apenas maquiagem,

disfarçando o meu desgosto.

Fernando Antônio Belino
Enviado por Fernando Antônio Belino em 16/08/2021
Reeditado em 07/10/2022
Código do texto: T7322276
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