TROVAS AVULSAS XI
1
Faz malhação todo dia,
corpo sarado, com tudo!
Mas é embalagem vazia,
pois lhe falta conteúdo.
2
Neste domingo de agosto,
como em tantos no passado,
me daria muito gosto
ter meu pai aqui do lado.
3
De uma ingênua brincadeira,
nosso amor não tem mais cura,
já chegamos à fronteira
da paixão com a loucura.
4
Busquei, de toda maneira,
conquistar seu coração,
mas esbarrei na fronteira,
da amizade com a paixão.
5
Metamorfose anda farta
de tanta gente careta,
que não tolera a lagarta,
mas sonha com a borboleta.
6
Tudo muda em sua vida,
quando chega o carnaval!
Do morro para a avenida,
metamorfose total!
7
Cada trova semeada,
em seu encanto profundo,
sendo rosa perfumada
torna mais feliz o mundo.
8
Cada verso é flor colhida,
num jardim que se renova.
Quem nunca rimou na vida
que a atire a primeira trova.
9
Por baixo da maquiagem,
grande dor trago escondida.
É feliz a personagem,
mas o ator vai mal na vida.
10
Enganosa a minha imagem,
sorriso pronto no rosto!
Tudo apenas maquiagem,
disfarçando o meu desgosto.