Pelas quadras da vida XXXIII
1
De meu pai a mão bem fina
No telégrafo, viciada,
Me lembro com muita estima
E grato pela jornada...
2
Da escola eu levava
Pro meu pai o boletim;
Na época, eu me esforçava,
Não mais ele quis de mim.
3
Tem gente que passa a vida
Do pai sempre à procura;
Tem gente co’o pai na lida,
Mas do seu amor descura.
4
Meu bom pai na eternidade
Tem na Terra seus troféus,
Dos quais sente saudade
E por eles reza aos céus.
5
Desejo sem vaidade
A todo ser de ambição
Um pai, que na humildade,
Preencha seu coração.