Pelas quadras da vida XXIX

1

É tão linda a liberdade

Mas só pra fazer o bem.

Liberdade pra maldade,

Outro nome lhe convém...

2

É pelo zap que eu recebo

De máscara um cidadão,

Com lição que não concebo:

Na cintura, o três-oitão.

3

Dia a dia coa vassoura

A limpar casa de rico...

Seu nome, Auxiliadora,

Cuja morte notifico.

4

Se é imensa a tristeza,

Que sobre nós se abate,

Vou ao céu, à Realeza,

E a prece é minha parte.

5

O mesmo verbo que entorta

O verso e tão chocho o faz;

Em outro, bem se comporta

E mais beleza lhe traz.