NA PANDEMIA,
 
Não consigo entender,
A teimosia dos humanos;
Que fingem se esquecer,
Do semelhante, há anos.
 
Falta mesmo a caridade,
De até ouvir o irmão;
É um mundo de vaidade,
Que congela o coração.
 
Parece um bando de estranhos,
Que moram na mesma cidade;
Preocupados com seus ganhos,
Pra que fazer amizade?
 
Concordo que a pandemia,
Trás o medo e desespero;
Desabou sobre a família,
No estalo sem tempero.
 
Teimosia em não usar máscara,
É falta de solidariedade;
Esta praga nunca acaba,
Se não agirmos com vontade.
 
Além da doença o dinheiro,
 Que ficou longe e escasso;
O desemprego veio no meio,
Que assim gera o fracasso.
 
A caridade coletiva,
Pelo menos mata a fome;
Não é muito seletiva,
E o abuso é seu nome.
 
Toda casa hoje tem,
No mínimo um desempregado;
Com certeza não estão bem,
Precisam ser apoiados.
 
Ajude os seus parentes,
Que nunca foram mendigos;
No momento estão ausentes,
Não os veja como inimigos.
 
Não confundam por favor,
Orgulho ferido com caráter;
Só faça um gesto de amor,
Nem pense se vai devolver.
 
Pode ser que um querido,
Esteja passando fome;
E ficará agradecido.
Mesmo que não o informe.
 
A situação atual,
Criou um monte de mendigos;
Uma tragédia casual,
Que precisa de abrigo.