VACINA
A vida vou adiando
nesta interminável quarentena
e o tempo que vai passando
ao isolamento me condena.
Um bando de amadores
determina minha sina
sem dó e sem pudores
vai sonegando a vacina.
Nem pergunta o que acho
sobre essa tal Cloroquina
vai me empurrando goela abaixo
quando o que eu quero é vacina.
Me oferece Ivermectina
mas rejeito lombrigueiro
só quero logo a vacina
que é medicamento certeiro.
Já dura demais a quarentena.
Em casa trancafiada
tenha dó, tenha pena
estou ficando angustiada!.
Só a salvadora vacina
pra me tirar do confinamento
é o que a ciência me ensina
neste terrível momento.
Vacina é o que mais quero.
Pare de negar a evidência!
Chega de lero-lero!
Mande vacina com urgência!
Vacina? Sim!
Registro a interação inspirada do poeta Jota Garcia
Daqui também faço coro
Ao teu pedido insistente
É até um desaforo
Que falte vacina pra gente.