EU: TORNIQUETE
Sou consumido por mim mesmo
Senguessugo-me diuturnamente
Meus pensamentos esvaem-se a esmo
Meu cérebro me esquece constantemente
Se me esforço em longo raciocínio
Outras imagens vêm em meu encalço
Minha inteligência agoniza em campo de extermínio
Minha mente, a beira do cadafalso
O que me cerca é um bloqueio
Em algum ponto há um torniquete
Algo me escapa nesse entremeio
Não me ouço sequer em falsete
Não. Não. É só uma pedra no caminho
Há outras trilhas a seguir
Talvez o teimar em encontrar sozinho
E os mesmos erros repetir
A saída desta mesmice
Se prolongue para toda minha existência
Se me prendo a insistir nesta tolice
Peço (a mim e) a todos: paciência