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"Eu sou a mesma Clementina, moro na mesma
casa em que sempre morei e sou felicíssima.”   
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Mocidade confirma enredo sobre a sambista Clementina de Jesus – SASP  Carnaval
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Clementina de Jesus (1901/1987)
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Clementina de Jesus da Silva foi uma cantora brasileira de samba natural de Valença, Rio de Janeiro. Também era conhecida como Tina ou Quelé. Nascida na comunidade do Carambita, bairro da periferia de Valença e tradicional reduto de jongueiros no sul do Rio de Janeiro, Clementina era filha da parteira Amélia de Jesus dos Santos e do capoeira e violeiro Paulo Batista dos Santos. Mudou-se com a família para a capital aos oito anos de idade, radicando-se no bairro de Oswaldo Cruz, tendo estudado em regime semi-interno no Orfanato Santo Antonio onde desenvolveu crença católica. Criança, aprendeu com sua mãe rezas em jejê nagô e cantos em dialeto provavelmente iorubano. Destas influências resultam um misticismo sincrético e uma musicalidade marcada pelo samba e cantos tradicionais de escravizados do meio rural. Lá acompanhou de perto o surgimento e desenvolvimento da escola de samba Portela, frequentando desde cedo as rodas de samba da região. Em 1940 casou-se e mudou para a Mangueira. Trabalhou como doméstica por mais de 20 anos, até ser "descoberta" pelo compositor Hermínio Bello de Carvalho em 1963, que a levou para participar do show "Rosa de Ouro", que rodou algumas das capitais mais importantes do Brasil e virou disco pela Odeon, incluindo, entre outros, o jongo "Benguelê". Devota da Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro, participava de festas das igrejas da Penha e de São Jorge, cantando canções de romaria. Considerada rainha do partido alto, com seu timbre de voz inconfundível, foi homenageada por Elton Medeiros com o partido "Clementina, Cadê Você?" e foi cantada por Clara Nunes com o "P.C.J, Partido Clementina de Jesus", em 1977, de autoria do compositor da Portela Candeia. Além deste gênero gravou corimás, jongos, cantos de trabalho etc., recuperando a memória da conexão afro-brasileira. Em 1968, com a produção de Hermínio Bello de Carvalho, registrou o histórico LP "Gente da Antiga" ao lado de Pixinguinha e João da Baiana. Gravou cinco discos solo (dois com o título "Clementina de Jesus", "Clementina, Cadê Você?" e "Marinheiro Só") e fez diversas participações, como nos discos "Rosa de Ouro", "Cantos de Escravos", Clementina e convidados e "Milagre dos Peixes", de Milton Nascimento, em que interpretou a faixa "Escravos de Jó". Em 1983 foi homenageada por um espetáculo no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, com a participação de Paulinho da Viola, João Nogueira, Elizeth Cardoso e outros nomes do samba. Rainha Ginga. Quelé. Duas maneiras de chamar Clementina de Jesus, com a imponência do título de realeza e com a corruptela carinhosa de seu nome. Clementina evocava tais sentimentos aparentemente contraditórios. A ternura e o profundo respeito. A ternura de negra velha sorridente. Todos com quem se envolvia tinham a compulsão de chamá-la Mãe, como a chamavam os músicos do musical Rosa de Ouro. Uma pessoa capaz de interromper um depoimento dado à televisão para discutir sobre o café com a moça que o servia. Um brilho especial nos olhos que cativou desde os mais humildes ao imperador Haile Selassiê. Talvez por ter trabalhado tantos anos como empregada doméstica e ter começado a carreira artística aos 63 anos, descoberta pelo poeta Hermínio Bello de Carvalho, nunca tratava de forma diferente devido à posição social. O respeito ao peso ancestral de sua voz: uma África que estava diluída em nossa cultura é evocada subitamente na voz e nos cânticos que Clementina aprendeu com sua mãe, filha de escravos. Clementina surgiu como o elo perdido entre a moderna cultura negra brasileira e a África Mãe. Clementina causou uma fascinação em boa parte da MPB. Artistas tão diferentes como João Bosco, Milton Nascimento e Alceu Valença fizeram questão de registrar sua voz em seus álbuns. Apesar disso Clementina nunca foi um grande sucesso em vendagem de discos. Talvez por ter gravado quase que somente temas folclóricos, ou por sua voz não obedecer aos padrões estéticos tradicionais. O que realmente impressionava eram suas aparições no palco, onde tinha um contato direto com seu público. Clementina, mesmo tendo iniciado tardiamente sua vida artística e com uma curta carreira, é sem dúvida uma das mais importantes artistas brasileiras. Faleceu em função de um derrame na Vila Santo André - Inhaúma - Rio de Janeiro, em 19 de julho de 1987 e apesar disso, hoje em dia apenas o disco Clementina e Convidados existe em catálogo. Em 1982 foi enredo da Lins Imperial, agremiação que na época desfilava no Grupo 1B (Segunda divisão) do Carnaval do Rio de Janeiro. Em 1983 foi homenageada por um espetáculo no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, com a participação de Paulinho da Viola, João Nogueira, Elizeth Cardoso e outros nomes do Samba. No mesmo ano de 1983, foi uma das homenageadas no enredo "A GRANDE CONSTELAÇÃO DAS ESTRELAS NEGRAS", na Beija Flor de Nilópolis no carnaval do grupo 1A (Grupo Especial) no carnaval do Rio de Janeiro. Enredo esse desenvolvido por Joãozinho Trinta sendo campeã com a escola.
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A TROVA DO DIA - DXXXV

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"FLEUMA
Dando Uma M?o Amiga Mostre Em Silhueta Duas Mãos, Homem E Mulher, Alcançando  Para Se No Por Do Sol Do Céu Foto de Stock - Imagem de silhueta, dando:  148486242 
Quem espera sempre alcança,
Nos prescreve um velho ditado,
Quem tem calma não se cansa,
 Até ter um amor conquistado.  
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N.A.: "A TROVA DO DIA" é um projeto de publicação em série de quadras poéticas de minha autoria por tempo indeterminado. Apesar de não ser considerado pelas regras literárias, as minhas trovas são identificadas por títulos e algumas delas não obedecem as sete sílabas por estrofe. No entanto, todas terão as rimas e as mensagens como objetivo principal neste trabalho. Na realidade, nessas apresentações, os meus textos deveriam ser classificados como "quadras poéticas", mas preferi identificar o meu projeto com títulos e não com números, como seria o caso.
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Abraços
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Interações (meus agradecimentos):

29/09/20 16:58 - Jogon Santos
Quem espera sempre alcança?
Penso é que tem que correr atrás
Pois quem vive de esperança
Acaba sem saber o que faz.
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29/09/20 20:54 - Joselita Alves Lins
Esperei, mas foi em vão,
O ditado me enganou,
Mas ensinou-me a lição...
Esperar, nunca mais vou. 
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01/10/20 20:02 - Antônio Souza
Amor que demora a chegar
Quase sempre é verdadeiro
Há que se bem preparar
Para vivê-lo por inteiro. 
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POETA OLAVO
Enviado por POETA OLAVO em 29/09/2020
Reeditado em 02/10/2020
Código do texto: T7075357
Classificação de conteúdo: seguro