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"Desculpe-me, não tenho palavras.
Talvez se eu cantar, você entenda."
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Ella Fitzgerald (1917/1996)
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"Desculpe-me, não tenho palavras.
Talvez se eu cantar, você entenda."
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Ella Fitzgerald (1917/1996)
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Ella Jane Fitzgerald foi uma cantora e compositora norte-americana natural de Newport News, Virgínia, EUA. Com uma extensão vocal que abrangia três oitavas, era notória pela pureza de sua tonalidade, sua dicção, fraseado e entonação impecáveis, bem como uma habilidade de improviso "semelhante a um instrumento de sopro", particularmente no scat. Considerada uma das intérpretes supremas do chamado Great American Songbook, teve uma carreira que durou 59 anos, venceu 14 prêmios Grammy e recebeu a Medalha Nacional das Artes do presidente americano Ronald Reagan, bem como a Medalha Presidencial da Liberdade, do sucessor de Reagan, George H. W. Bush. Filha de William Fitzgerald e Temperance, seus pais tinham um casamento conturbado, e ele abandonou sua mãe para viver com a amante quando a cantora tinha apenas três anos, não tendo mais nenhum contato com o pai. Sua mãe, então, decidida a melhorar de vida, se mudou para Yonkers, Nova York. Lá, conheceu um imigrante português chamado Joseph da Silva e com ele se casou. Em 1923 deu a luz sua segunda filha, Frances da Silva, a meia-irmã de Ella. Apesar de ter construído uma nova família, seu segundo casamento também foi infeliz, sofrendo novamente com agressões e humilhações. Em 1932, quando Ella tinha quinze anos de idade e sua meia-irmã apenas nove, perderam a mãe, vítima de um infarto. O trauma provocado pela perda repentina da mãe provocou uma queda brutal no desempenho escolar de Ella, que desenvolveu depressão, abandonando a escola. Como se não bastasse este sofrimento, passou a ser responsável pelos cuidados da irmã pequena, já que seu padrasto não dava atenção à menina e sempre agredia a criança. Com o tempo, Ella passou a ser humilhada, espancada e estuprada pelo padrasto. Não suportando tamanho sofrimento, fugiu com a irmã para a casa de uma tia materna, Virgínia, que as abrigou. Após denunciá-lo, seu padrasto foi preso. Com o tempo, ela e a tia passaram a se desentender e Ella passou a ser humilhada e tratada como empregada. Sua tia, então, a abandonou num colégio interno, de onde ela só poderia sair maior de idade. Ella sofreu muito por ter sido separada da irmã e prometeu um dia reencontrá-la. Após alguns meses, a jovem conseguiu fugir e, sem ter para onde ir, tornou-se moradora de rua. Vivendo nas ruas e pedindo esmolas, só conseguiu trabalhar como vigia de um bordel e de um cassino, atividades ilegais e filiadas à máfia. Ella era informante, caso aparecesse algum policial no local. Porém, após meses de investigações, a escolta policial conseguiu desarticular as quadrilhas do bordel e do cassino, prendendo-os por exploração da prostituição e de jogos de azar. Ella acabou presa como cúmplice e foi enviada a um reformatório para menores de idade, de onde, após alguns meses, conseguiu fugir, voltando a viver na rua. Sempre criativa, Ella passou a ganhar dinheiro dançando sapateado nas ruas, improvisando apresentações em diversos estabelecimento comerciais, passou a ganhar um pouco de dinheiro, deixando de dormir nas ruas. Nesta época, com o pouco dinheiro que ganhava, começou a fazer aula de piano com uma professora do bairro, que a apoiava na realização de seu sonho artístico. Uma noite, Ella foi encontrada por policiais e, por ser menor em situação de rua, foi internada no Asilo de Órfãos de Cor em Riverdale, no Bronx, Nova York, onde ficou por dois anos. Ella sempre sonhou em ser uma cantora e dançarina de sucesso. Gostava de ouvir as gravações de jazz de Louis Armstrong, Bing Crosby e Boswell Sisters. Ella idolatrava a cantora Connee Boswell, dizendo mais tarde: "Minha mãe trouxe para casa um de seus discos, e me apaixonei por ele....Tentei tanto soar exatamente como ela. Ao sair do asilo de órfãos, aos 17 anos, voltou a procurar sua professora de piano, que a deixou ficar em sua casa e a incentivou a se inscrever em um concurso de artistas amadores na matinê do Teatro Apollo, no Harlem. Ella se inscreveu no concurso e fez sua estreia como cantora em 21 de novembro de 1934, no Teatro Apollo, no Harlem, todos se impressionaram com seus poderosos vocais, vencendo a competição. Gradualmente conquistou um público semanal no Apollo e a oportunidade de competir numa das primeiras "Amateur Nights" do teatro. Originalmente pretendia dançar, porém, intimidada pelas Edward Sisters, uma dupla local de dançarinas, optou por cantar no estilo de Connee Boswell. Interpretou "Judy", de Boswell, e "The Object of My Affection", das Boswell Sisters, conquistando o prêmio principal, de 25 dólares. Depois de bastante tempo, já famosa, com ajuda de detetives, reencontrou sua meia-irmã e soube que seu padrasto já havia falecido na prisão. Foi eleita em 2013 pelo site estadunidense Yahoo! a maior cantora do século XX. Em janeiro de 1935, Fitzgerald conquistou a oportunidade de se apresentar por uma semana com a big band de Tiny Bradshaw, na Harlem Opera House. Lá conheceu o baterista e líder de banda, Chick Webb. Webb já havia contratado o cantor Charlie Linton para trabalhar com a banda e estava, como apontou posteriormente o New York Times, "relutante em contratá-la... porque era desajeitada e malcuidada, um diamante bruto." Webb ofereceu-lhe a oportunidade de fazer um teste com a banda quando tocaram num baile na Universidade de Yale. Ella começou a cantar regularmente com a Orquestra de Webb por todo o ano de 1935, no Savoy Ballroom, também no Harlem. Gravou diversos sucessos com a banda, incluindo "Love and Kisses" e "If You Can't Sing It You'll Have to Swing It." Foi, no entanto, sua versão de 1938 da canção infantil "A-Tisket, A-Tasket", canção que ela compôs, que lhe trouxe uma maior atenção do público. Chick Webb morreu em 16 de junho de 1939 e sua banda passou a se chamar "Ella Fitzgerald and her Famous Orchestra", com Ella como líder. Fez 150 gravações durante seu período com a orquestra. Em 1942, Fitzgerald abandonou a banda em busca de uma carreira solo. Contratada pela gravadora Decca, obteve diversos sucessos, gravando com artistas como Ink Spots, Louis Jordan e os Delta Rhythm Boys. Em meados da década de 1950, Fitzgerald se tornou a primeira negra a se apresentar na boate Mocambo, depois de Marilyn Monroe interceder a seu favor com o proprietário da casa. Sua contratação foi fundamental para sua carreira, e o incidente foi transformado numa peça por Bonnie Greer, em 2005. Em julho de 1957, a agência de notícias Reuters informou que Fitzgerald casou-se em segredo, para não divulgar para a imprensa, com Thor Einar Larsen, um jovem rapaz norueguês, oriundo de Oslo. Ella comprou e decorou um apartamento na cidade para eles viverem, porém, após alguns meses de união, Larsen foi condenado a cinco meses de trabalhos forçados na Suécia por ter roubado dinheiro de uma jovem com a qual ele teria estado envolvido anteriormente. Assustada com este fato e temendo também ter sido roubada por ele, Ella comunicou a separação, e assim, assinou seu terceiro divórcio, e não casou-se mais, passando a ser vista com alguns namorados que atuavam no meio artístico. Fitzgerald era notoriamente tímida. O trompetista Mario Bauza, que tocou com Fitzgerald em seu início de carreira, com Chick Webb, comentou que ela não saía muito, dedicando-se unicamente à sua música e ao trabalho. Mais tarde em sua carreira, quando a Society of Singers lhe homenageou dando o seu nome a um de seus prêmios, Ella comentou: "Não quero dizer a coisa errada, o que eu sempre acabo fazendo. Acho que me saio melhor quando canto." Ella passou o restante de sua vida morando sozinha, e com os anos, a depressão voltou, e a artista ficou doente. Sua visão estava muito comprometida devido a sequelas causadas pela diabete, e pouco enxergava. Ella Fitzgerald sofreu muito quando teve suas duas pernas amputadas, em 1993, o que a obrigou a deixar a carreira, fazendo-a sofrer muito. Ela passou a ser cuidada por enfermeiras e também por suas empregadas. Sempre recebia a visita de sua meia-irmã e de seu sobrinho, que a chamava de mãe, mesmo sabendo que ela era sua tia. Faleceu em 15 de junho de 1996, em sua casa em Beverly Hills, Califórnia, aos 79 anos de idade, vítima de um acidente vascular cerebral. Está enterrada no Inglewood Park Cemetery, em Inglewood, também na Califórnia. O material de arquivo da sua longa carreira está armazenado no Centro de Arquivos do Museu Nacional de História Americana, do Smithsonian, enquanto seus arranjos musicais pessoais estão guardados na Biblioteca do Congresso. Sua extensa coleção de receitas foi doada à Biblioteca Schlesinger, da Universidade Harvard, enquanto sua coleção de partituras está na Biblioteca Schoenberg, na UCLA.
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A TROVA DO DIA - DXXI
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A TROVA DO DIA - DXXI
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"CHEIRINHO"
Mesmo na sua ausência,
Eu não deixei de te amar,
Percebia a sua essência,
Em noites a lhe procurar.
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N.A.: "A TROVA DO DIA" é um projeto de publicação em série de quadras poéticas de minha autoria por tempo indeterminado. Apesar de não ser considerado pelas regras literárias, as minhas trovas são identificadas por títulos e algumas delas não obedecem as sete sílabas por estrofe. No entanto, todas terão as rimas e as mensagens como objetivo principal neste trabalho. Na realidade, nessas apresentações, os meus textos deveriam ser classificados como "quadras poéticas", mas preferi identificar o meu projeto com títulos e não com números, como seria o caso.
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Abraços
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Interações (meus agradecimentos):
15/09/20 13:25 - Joselita Alves Lins
No Nordeste se diz xêro!
Dando no cangote é melhor,
Pois arrepia por inteiro
E esquenta até esquimó.
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16/09/20 00:26 - Guída Sá
É impossível esquecer...
O teu cheiro impregnado...
Estou tão apaixonado...
E não consigo esconder. ...
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16/09/20 22:27 - Uma Mulher Um Poema
Sonho contigo
E quando acordo,
A sua essência me inebria,
O amor flui pelos meus poros.
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17/09/20 13:15 - Antônio Souza
Na minha mente ficou impregnado
Aquele teu perfume suave e sedutor
Tuas mãos no meu corpo tá marcado
Tudo que fizemos sem o menor pudor.
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02/10/20 18:54 - Maria Augusta da Silva Caliari
Um cheiro ,afago, carinho
E o coração a palpitar
A Alma mais um vez sai do ninho
Refletindo agora o brilho do olhar.
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N.A.: "A TROVA DO DIA" é um projeto de publicação em série de quadras poéticas de minha autoria por tempo indeterminado. Apesar de não ser considerado pelas regras literárias, as minhas trovas são identificadas por títulos e algumas delas não obedecem as sete sílabas por estrofe. No entanto, todas terão as rimas e as mensagens como objetivo principal neste trabalho. Na realidade, nessas apresentações, os meus textos deveriam ser classificados como "quadras poéticas", mas preferi identificar o meu projeto com títulos e não com números, como seria o caso.
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Abraços
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Interações (meus agradecimentos):
15/09/20 13:25 - Joselita Alves Lins
No Nordeste se diz xêro!
Dando no cangote é melhor,
Pois arrepia por inteiro
E esquenta até esquimó.
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16/09/20 00:26 - Guída Sá
É impossível esquecer...
O teu cheiro impregnado...
Estou tão apaixonado...
E não consigo esconder. ...
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16/09/20 22:27 - Uma Mulher Um Poema
Sonho contigo
E quando acordo,
A sua essência me inebria,
O amor flui pelos meus poros.
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17/09/20 13:15 - Antônio Souza
Na minha mente ficou impregnado
Aquele teu perfume suave e sedutor
Tuas mãos no meu corpo tá marcado
Tudo que fizemos sem o menor pudor.
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02/10/20 18:54 - Maria Augusta da Silva Caliari
Um cheiro ,afago, carinho
E o coração a palpitar
A Alma mais um vez sai do ninho
Refletindo agora o brilho do olhar.
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