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"A gente não nasce negro, a gente se torna negro.
É uma conquista dura, cruel e que se desenvolve
pela vida da gente afora."
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Filha de negro e indígena, ela lutou contra o preconceito no Brasil
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Lélia Gonzalez (1935/1994) 
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Lélia Gonzalez foi uma intelectual, política, professora e antropóloga brasileira natural de Belo Horizonte (MG). Fez graduação em História e Filosofia, mestrado em Comunicação e doutora em Antropologia Social.  Ela dedicou parte importante de sua trajetória a explicar a perversa combinação de racismo e sexismo na situação das mulheres negras. Discutia linguagem e criou as noções de amefricandade e pretuguês. Historiadora, antropóloga e professora. Uma das fundadoras do Movimento Negro Unificado e do Coletivo de Mulheres Negras N'Zinga. Filha do ferroviário Accacio Joaquim de Almeida, e de Urcinda Serafim de Almeida, uma empregada doméstica indígena, era a penúltima de 18 irmãos, entre eles o futebolista Jaime de Almeida, que jogou pelo Flamengo. O pai morreu quando ela ainda era criança. Mudou-se com a família para o Rio de Janeiro em 1942. Graduou-se em História e Filosofia pela Universidade do Estado da Guanabara (UEG) e trabalhou como professora da rede pública de ensino. Fez o mestrado em comunicação social e o doutorado em antropologia política. Começou então a se dedicar a pesquisas sobre relações de gênero e etnia. Foi professora de Cultura Brasileira na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, onde chefiou o departamento de Sociologia e Política. Como professora de Ensino Médio no Colégio de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira (UEG, atual UERJ), nos anos finais da década de 1960, fez de suas aulas de Filosofia espaço de resistência e crítica político-social, marcando definitivamente o pensamento e a ação de seus alunos. Em 1976, Lélia Gonzalez se torna professora na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, convidada pelo diretor Rubens Gerchman, leciona o Curso de Cultura Negra. Ajudou a fundar instituições como o Movimento Negro Unificado (MNU), o Instituto de Pesquisas das Culturas Negras (IPCN), o Coletivo de Mulheres Negras N'Zinga e o Olodum. Sua militância em defesa da mulher negra levou-a ao Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM), no qual atuou de 1985 a 1989. Foi candidata a deputada federal pelo PT, não se elegendo, mas ficando como primeira suplente. Nas eleições seguintes, em 1986, candidatou-se a deputada estadual pelo PDT, novamente não se elegendo e ficando como suplente.  Seus escritos, simultaneamente permeados pelos cenários da ditadura política e da emergência dos movimentos sociais, são reveladores das múltiplas inserções e identificam sua constante preocupação em articular as lutas mais amplas da sociedade com a demanda específica dos negros e, em especial das mulheres negras. Em texto sobre Lélia Gonzalez e publicado em 2010, Alex Ratts aponta uma questão que é muito discutida até hoje no movimento negro por todo o Brasil: a saúde física e mental de militantes. Lélia morreu no dia 11 de julho de 1994, vítima de um infarto, em sua casa no Cosme Velho, na cidade do Rio de Janeiro. Entre outras homenagens, Lélia Gonzalez tornou-se nome de uma escola pública estadual no bairro de Ramos, no Rio de Janeiro, de um centro de referência de cultura negra, em Goiânia, de um coletivo de alunos do curso de Relações Internacionais da USP, de uma cooperativa cultural, em Aracaju. Foi citada pelo bloco afro Ilê Aiyê em duas edições do Carnaval baiano: em 1997, como parte do enredo Pérolas negras do saber, e em 1998, com Candaces. O dramaturgo Márcio Meirelles escreveu e encenou em 2003 a peça teatral Candaces - A reconstrução do fogo, baseada em sua obra. Em 2010, o governo da Bahia criou o Prêmio Lélia Gonzalez, para estimular políticas públicas voltadas para as mulheres nos municípios baianos.
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A TROVA DO DIA - DXIX

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"DESCUIDO
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Sem amor é complicado,
Preencher noite vazia,
Parece até mal olhado,
Pra travar uma poesia.
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N.A.: "A TROVA DO DIA" é um projeto de publicação em série de quadras poéticas de minha autoria por tempo indeterminado. Apesar de não ser considerado pelas regras literárias, as minhas trovas são identificadas por títulos e algumas delas não obedecem as sete sílabas por estrofe. No entanto, todas terão as rimas e as mensagens como objetivo principal neste trabalho. Na realidade, nessas apresentações, os meus textos deveriam ser classificados como "quadras poéticas", mas preferi identificar o meu projeto com títulos e não com números, como seria o caso.
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Abraços
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Interações (meus agradecimentos):

13/09/20 20:27 - Joselita Alves Lins
Com ele não seja omisso!
Se descuidar do amor,
Não terá um só feitiço
Que faça passar a dor. 
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14/09/20 10:21 - Antônio Souza
Noites frias e sem amor
Leva embora a inspiração
Ainda que se sinta a dor
De um abandono na solidão.  
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POETA OLAVO
Enviado por POETA OLAVO em 13/09/2020
Reeditado em 14/09/2020
Código do texto: T7061778
Classificação de conteúdo: seguro