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"De homem a homem verdadeiro,
o caminho passa pelo homem louco."
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Michel Foucault (1926/1984)
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Michel Foucault foi um filósofo francês natural de Poitiers e historiador das ideias, teórico social, filólogo, crítico literário e professor da cátedra História dos Sistemas do Pensamento, no célebre Collège de France, de 1970 até 1984. Suas teorias abordam a relação entre poder e conhecimento e como eles são usados como uma forma de controle social por meio de instituições sociais. Embora muitas vezes seja citado como um pós-estruturalista e pós-modernista, Foucault acabou rejeitando esses rótulos, preferindo classificar seu pensamento como uma história crítica da modernidade. Seu pensamento foi muito influente tanto para grupos acadêmicos, quanto para ativistas. Nascido em Poitiers, na França, em uma família de classe média-alta, Paul-Michel Foucault foi educado no Lycée Henri-IV e tinha uma tensa relação com seu pai, que chegou a interná-lo aos 22 anos de idade acusando-o de ser louco, após tentativa de suicídio. Na idade adulta, Foucault entrou para a Escola Normal Superior de Paris, onde ele desenvolveu seu interesse por filosofia e teve influência de seus tutores, Jean Hyppolite e Louis Althusser. Depois de vários anos como diplomata cultural no exterior, ele retornou à França e publicou seu primeiro grande livro, A História da Loucura. Após trabalhar entre 1960 e 1966 na Universidade de Clermont-Ferrand, ele produziu duas publicações mais significativas, O Nascimento da Clínica e As Palavras e as Coisas, que exibiu seu crescente envolvimento com o estruturalismo, um movimento teórico na antropologia social, do qual ele distanciou-se mais tarde. Essas três primeiras obras foram exemplos de uma técnica historiográfica que Foucault estava desenvolvendo e que ele chamou de "arqueologia". De 1966 a 1968, Foucault lecionou na Universidade de Túnis, na Tunísia, antes de retornar para a França, onde se tornou chefe do departamento de filosofia de uma nova universidade experimental, a Paris VIII. Em 1970, ele foi admitido no Collège de France, onde permaneceu até sua morte. Ele também tornou-se ativo em alguns grupos de esquerda envolvidos em campanhas anti-racistas, contra violações aos direitos humanos pela luta por uma reforma penal. Ele passou a publicar A Arqueologia do Saber, Vigiar e Punir e História da Sexualidade. Nestes livros, ele desenvolveu métodos arqueológicos e genealógicos que enfatizavam os jogos de poder na evolução do discurso na sociedade. Foucault é conhecido pelas suas críticas às instituições sociais, especialmente à psiquiatria, à medicina, às prisões, e por suas ideias sobre a evolução da história da sexualidade, suas teorias gerais relativas ao poder e à complexa relação entre poder e conhecimento, bem como por estudar a expressão do discurso em relação à história do pensamento ocidental. Têm sido amplamente discutidas a imagem da "morte do homem", anunciada em As Palavras e Coisas, e a ideia de subjetivação, reativada no interesse próprio de uma forma ainda problemática para a filosofia clássica do sujeito. Parece então que mais do que em análises da "identidade", por definição, estáticas e objetivadas, Foucault centra-se na vida e nos diferentes processos de subjetivação. Na maioria das suas obras, Michel Foucault esforçou-se por se limitar a problemas concretos (a loucura, a prisão, a clínica psiquiátrica), num contexto geográfico e historicamente bem determinado (a França, a Europa ou o Ocidente; no fim do século XVIII, na Grécia antiga, dentre outros). No entanto, as suas observações permitem extrair conceitos que ultrapassam esses limites de tempo e espaço. Elas conservam, assim, uma grande atualidade. Por isso, muitos intelectuais - em várias áreas do conhecimento - podem se referir a Foucault atualmente. É, por exemplo, estudando a mutação das técnicas penais no final do século XVIII que ele pôde analisar a emergência de uma nova forma de subjetividade constituída pelo poder: o que se observa nas margens se constrói no centro. Mas esse olhar histórico deve ser bem entendido. "A história, segundo Foucault nos cerca e nos delimita; ela não diz o que somos, mas do que estamos nos diferenciando; ela não estabelece nossa identidade, mas a dissipa em proveito do outro que somos. Em resumo, a história é o que nos separa de nós mesmos." A ontologia de Foucault é uma experiência, um exercício sobre os limites do nosso presente, a experimentação dos nossos limites, a forma paciente da "nossa impaciência pela liberdade", o que explica o seu interesse pelo tema da relação de poder entre o institucional e o indivíduo - e por uma certa ideia da subjetivação. Esse poder funda a constituição de saberes e é, por sua vez, fundado por eles: é a noção de "saber-poder". Foucault morreu em Paris por conta de problemas neurológicos agravados por HIV/AIDS; ele foi a primeira figura pública francesa que morreu por causa desta doença, sendo que seu parceiro Daniel Defert criou a fundação da caridade AIDES em sua memória."De homem a homem verdadeiro,
o caminho passa pelo homem louco."
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Michel Foucault (1926/1984)
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A TROVA DO DIA - CDXCVI
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"ARREPIOS"
Nunca vou morrer de frio,
Pode ser o frio que for,
Que não perderei seu cio,
Debaixo do seu cobertor.
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N.A.: "A TROVA DO DIA" é um projeto de publicação em série de quadras poéticas de minha autoria por tempo indeterminado. Apesar de não ser considerado pelas regras literárias, as minhas trovas são identificadas por títulos e algumas delas não obedecem as sete sílabas por estrofe. No entanto, todas terão as rimas e as mensagens como objetivo principal neste trabalho. Na realidade, nessas apresentações, os meus textos deveriam ser classificados como "quadras poéticas", mas preferi identificar o meu projeto com títulos e não com números, como seria o caso.
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Abraços
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Interações (meus agradecimentos):
21/08/20 09:58 - Antônio Souza
Gosto do frio quando estás aqui
As horas ficam mais encantadas
Teço poemas novos e dedico a ti
E o nosso amor vara as madrugadas.
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21/08/20 10:09 - Uma Mulher Um Poema
Eu me satisfaço com teu abraço,
Me enrosco em tua pele,
No arrepio tomando meu corpo,
Nesse amor que não fenece.
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21/08/20 14:49 - Marcus Rios
Quanto mais frio estiver
Sei que você meu amor
Irás me aquecer
Com este teu corpo
Quente e cheio de desejos.
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21/08/20 20:24 - Joselita Alves Lins
O friozinho é bom
Pra gente se namorar
E por baixo do edredon
Nosso corpo acalorar.
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25/08/20 14:38 - Heloísa Mamede
Debaixo do meu cobertor,
Existe sonhos e fantasias,
Aconchego e calor,/Formando belas poesias.
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