CANTO DA MONOTONIA

Segue-me por toda parte

Essa dor maldita

Geme o coração reparte

Meu peito grita...

Canto a minha arte

A vida imita!

Reprimo o pensamento

Cada agonia...

Íntimo isolamento

De monotonia

Dentre os fragmentos

Dessa poesia!

Passo dias após dias

Me consumindo...

Breves serão os anos

Me redimindo...

Virão depois os séculos

Estarei dormindo!

Essa sentença eterna

Jamais se acabe

Essa lágrima materna

Em mim desabe...

Dentro dessa caverna

Nunca se sabe!

De todos esses momentos

Que vivo agora...

Árduos sofrimentos

Da última hora

Conflitos, padecimentos,

Em mim aflora!

Deus! Olhai os pobres,

Iguais a mim...

Com vosso manto cobre

Meu rosto assim...

Com vosso Espírito Nobre

Apressa o fim!

Oliveira Vilma
Enviado por Oliveira Vilma em 15/08/2020
Código do texto: T7036425
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