PINK PIRILAMPO

Violetas quando nascem

Sonham ser anfitriãs!

No jardim único embate:

Pintam os lábios côr maçã.

Quando olham os arredores

Ficam muito impressionadas

Na sua biodiversidade

Já não são tão desejadas.

Têm um torque de menina!

Sua missão é só florir

Se o acaso as ensina...

Elas se põem a sorrir.

Sempre são flor pequenina

Singeleza em tons florais

Se em união mesmo franzinas

São belezas universais.

De pistilos amarelinhos

Dentre o verde das florestas

São seres enfeitadinhos

Sempre prontas para as festas!

Não são pétalas ambiciosas...

De nobreza conhecida...

Já sonharam até ser rosas!

Mas voltaram arrependidas.

Quando vêem a terra seca

Judiada em mãos brutais

Florem só delicadeza

Aos dominios abissais.

Quem dera fossem orquídeas?

Uma delas já pensou...

Mas ter pose de rainha

Não era do seu labor.

Outra quis ser strelitzia

Muita cor por pretensão!

Gérbera ou ser margarida...

Ser só flor bastou-lhe, então.

Uma delas despertada...

Certo dia me contou

Que acordou bem assustada

Com o vaso em que se plantou.

Mas foi só um breve sonho...

Dele pode se desgarrar!

E se foi qual pirilampo

Pela terra a iluminar.

Desabrochou mil pistilos

À abelha que pousou.

E pulverizou sentido

Pela Terra que brotou.