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"Não será com algumas mulheres no poder que esqueceremos as milhares escravizadas na cozinha. no tanque e na cama."  
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Aventuras na História · Maria Lacerda de Moura: feminista ...
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Maria Lacerda de Moura (1887/1945)
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Maria Lacerda de Moura foi uma professora, escritora, anarquista e feminista brasileira natural de Manhuaçu, Minas Gerais. Filha de pais espíritas e anticlericais, cresceu na cidade de Barbacena, no interior de Minas Gerais, onde formou-se professora pela Escola Normal Municipal de Barbacena e participou dos esforços oficiais para enfrentar a questão social através de campanhas nacionais de alfabetização e reformas educacionais. Casou-se em 1905 com o funcionário público Carlos Ferreira de Moura, com quem permaneceu até 1925 e manteve uma grande amizade até o fim de sua vida. Não teve filhos do casamento, mas em 1912, adotou Jair, um sobrinho, e Carminda, uma órfã carente. Em 1935, seu filho adotivo Jair havia ingressado na Ação Integralista Brasileira (AIB), causando-lhe grande desgosto. Repreendeu-o publicamente em uma carta aberta publicada no periódico A Lanterna, onde declarou: "Não lhe tiro o direito de ser livre. Mas toda a liberdade excluí o direito de oprimir o semelhante". De 1926 a 1937, teve como companheiro o francês André Néblind, mentor da comunidade agrícola de Guararema, preso e deportado em 1937. Começou a publicar crônicas em um jornal local em 1912 e em 1918 publicou seu primeiro livro, Em torno da educação, constituído de crônicas e conferências que realizou em Barbacena sobre o tema. A partir daí, estabeleceu contatos com jornalistas e escritores de Belo Horizonte, São Paulo, Santos e Rio de Janeiro. Nesse período, conheceu José Oiticica e teve contato com as ideias pedagógicas renovadoras da médica feminista Maria Montessori e dos pedagogos anarquistas Paul Robin, Sebastien Faure e Francisco Ferrer y Guardia. Mudou-se para São Paulo em 1921, aos 34 anos, e lá teve seus contatos com o movimento associativo feminino e o movimento operário da época. Chegou a colaborar com a feminista Bertha Lutz e presidiu a Federação Internacional Feminina. Em 1922, rompeu com os movimentos associativos feministas, fundamentalmente preocupados com o sufrágio feminino, pois entendia que a luta pelo direito de voto respondia a uma parcela muito limitada das necessidades femininas. Colaborou assiduamente com a imprensa operária e progressista de São Paulo e em 1923 lançou a revista Renascença. Entre 1928 e 1937, viveu em uma comunidade agrícola em Guararema, no interior de São Paulo, formada por anarquistas individualistas e desertores espanhóis, franceses e italianos da Primeira Guerra Mundial. Foi o período de sua vida em que mais produziu e atuou, colaborando semanalmente no jornal O Combate de São Paulo, onde estabeleceu a polêmica de maior repercussão com a imprensa fascista local; pronunciou as conferências no Uruguai e na Argentina, a convite de instituições educacionais antifascistas; teve o encontro com Luiz Carlos Prestes, exilado em Buenos Aires; fez conferências pacifistas e desencadeou a campanha antifascista em São Paulo, Santos, Campinas e Sorocaba. A comunidade de Guararema foi desarticulada com repressão política durante o Estado Novo. Em 1938, mudou-se para o Rio de Janeiro, já com problemas de saúde. Inicialmente instalada em Copacabana, mudou-se para a Tijuca e depois para a Ilha do Governador, em 1942. Buscou refúgio no espiritualismo e viveu dando aulas no ensino comercial. O período carioca foi marcado pela leitura de horóscopos, na Rádio Mayrink Veiga, aplicando seus estudos de astrologia, e pela colaboração com o professor mineiro de comércio internacional, Aníbal Vaz de Melo, que a cita em Jesus Cristo, o maior dos anarquistas e O evangelho à luz da astrologia. Sua última conferência, O silêncio, foi pronunciada na Fraternidade Rosa-Cruz Antiqua, em 1944, onde discorreu sobre a obra de Pitágoras. Veio a falecer no ano seguinte, sem assistir ao fim da Segunda Guerra Mundial. Foi sepultada no Cemitério de São João Batista, no Rio de Janeiro. Considerada uma das pioneiras do feminismo no Brasil, tratou em sua obra de temas como a condição feminina, amor livre, direito ao prazer sexual, divórcio, maternidade consciente, prostituição, combate ao clericalismo, ao fascismo e ao militarismo, e estabeleceu uma articulação entre o problema da emancipação feminina e a luta pela emancipação do indivíduo no capitalismo industrial. Suas posições, bastante avançadas para a época, compartilham muitos aspectos similares àquelas das feministas da década de 1960. O pensamento e obra de Maria Lacerda permitem identificá-la com o anarquismo individualista. Ainda que tenha negado o rótulo de anarquista, assim como todos os outros sob os quais seus contemporâneos tentaram apresentá-la — feminista, reformista, comunista e sexóloga — e se recusado a participar de partidos ou estabelecer programas, acabou delimitando um, ainda que por negação, em 1935.
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A TROVA  DO DIA - CDLXXIX

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  "TOCADELA"
Mulher gostosa pelada Se masturbando gostoso - Cnn Amador 
 
 Pra quê ficar se bulinando,  
Tão sozinha na sua cama,
   Se posso estar lhe dando,  
 Prazeres de quem te ama.

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N.A.: "A TROVA DO DIA" é um projeto de publicação em série de quadras poéticas de minha autoria por tempo indeterminado. Apesar de não ser considerado pelas regras literárias, as minhas trovas são identificadas por títulos e algumas delas não obedecem as sete sílabas por estrofe. No entanto, todas terão as rimas e as mensagens como objetivo principal neste trabalho. Na realidade, nessas apresentações, os meus textos deveriam ser classificados como "quadras poéticas", mas preferi identificar o meu projeto com títulos e não com números, como seria o caso. 
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Abraços
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Interações (meus agradecimentos):

04/08/20 15:49 - Joselita Alves Lins
Esses toques no meu corpo...
Os beijos e os carinhos...
Recordam-me como loucos,
As nossas noites de vinhos! 
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05/08/20 12:30 - Antônio Souza
Só Ela sabe esse prazer
Isso jamais se discute
Faria tudo pra merecer
Essa hora que repercute.  
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05/08/20 14:25 - Uma Mulher Um Poema
Em tamanho desejo
Sou amante, sou ousada.
Divido com você esse momento,
Sou uma mulher apaixonada. 
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POETA OLAVO
Enviado por POETA OLAVO em 04/08/2020
Reeditado em 05/08/2020
Código do texto: T7025599
Classificação de conteúdo: seguro