DIVERSAS TROVAS ....

Encontradas, no registro da Delegacia da União Brasileira dos Trovadores, em Itaocara/RJ, nos idos do ano de 2006, as belíssimas trovas premiadas no primeiro certame literário aqui realizado. Vale a pena conferir!

RESULTADO DO 1º CONCURSO DE TROVAS ITAOCARA – 2006

TROVAS VENCEDORAS:

Itaocara ... a Natureza,

em tons de verde e de azul,

reflete a paz e a beleza,

no Paraíba do Sul ....

(Maria Lua - Nova Friburgo – RJ)

Os rios correm pro mar;

a águia busca o seu ninho ...

Eu corro para o meu lar,

Em busca do teu carinho! ...

(Pedro Viana Filho – Volta Redonda-RJ)

Vendo a natureza em festa,

o mais sério dos ateus

não reage, nem protesta:

Em silêncio adora Deus!

(Selma Patti Spnelli – São Paulo – SP)

Canta toda a Natureza,

e cantando a vida inova,

porém não canta a tristeza

que canto na minha trova.

(Nazareno Tourinho – Belém – PA)

Ao viver o desafio

de fazer você me amar,

sou teimosia de rio

na eterna busca do mar ...

(Domitilla Borges Beltrane – São Paulo – SP)

MENÇÕES HONROSAS:

A lama seca rachada

lembra as malhas de uma rede,

na paisagem desolada,

de um rio morto, de sede !

(Campos Sales – São Paulo – SP)

Mares, montanhas e rios

- obra-prima, a Natureza!

São humanos desafios

preservar tanta beleza!

(Gilson Rangel Rolim – Niterói – RJ)

Olhando o rio que passa,

louvando a mãe-natureza,

agradeço a Deus a graça

de criar tanta grandeza ! ....

(Hermoclydes S. Franco – Nova Friburgo – RJ)

A natureza agredida

não se defende e nem xinga,

mas no decorrer da vida,

cedo ou tarde, ela se vinga.

(Amilton Maciel Monteiro – São José dos Campos – SP)

Vejo Itaocara defronte

e sinto, no amor que exerço,

que um rio não volta à fonte ...

mas eu voltei ao meu berço !

(Edmar Japiassu Maia – Rio de Janeiro – RJ)

MENÇÕES ESPECIAIS:

A natureza desaba;

é raio ... é vento ... é fumaça ....

- Mas, feito amor, quando acaba,

deixa seus rastros ... e passa !

(Héron Patrício – São Paulo – SP)

Bem ou mal, a Natureza

resiste a tanto desmando ...

Mas é tamanha a vileza,

que eu me pergunto: até quando?

(João Freire Filho – São Paulo – SP)

Nadar já foi travessura,

No rio, que era uma festa,

Mas que agora é tarja escura

sobre o peito da floresta.

(Vanda Fagundes Queroz – Curitiba – PR)

Aquecimento global,

intensa devastação,

a natureza, afinal,

cobra juro e correção.

(Hélio Pedro Souza – Natal – RN)

Dos reinos da natureza,

podemos usufruir,

porém, Deus quer, com certeza,

que saibamos repartir!

(Lucília A T Decarli – Bandeirantes – PR)

Eu tenho inveja dos rios

que em seu leito caminhar,

sabem que, após os desvios,

irão abraçar-se ao mar.

(Amália Max – Ponta Grossa – PR)

Vivo no meio das flores,

meu mundo é uma beleza,

sou harmonia das cores.

Eu me chamo Natureza.

(Argemira Fernandes Marcondes – Taubaté – SP)

No rio, que é minha vida,

quero os meus dias risonhos;

que corra, bem destemida,

a canoa dos meus sonhos!

(José Antônio de Freitas – Pitangui – MG)

Se matar mãe é pecado,

crime de maior grandeza,

também deve ser julgado

quem mata a mãe ... Natureza!

(Edna Valente Ferracini – São Paulo – SP)

Depois que chove na mata,

a lua, de luz acesa;

pinta as folhas cor de prata

com tinta da Natureza.

(Ademar Macedo – Natal - RN)

Comissão Julgadora: membros da Academia Divinopolitana de Letras, sob a presidência do Professor e Dr. Mercemiro Oliveira Silva – Divinópolis – MG.

Organizado pelo Delegado da UBT, em Itaocara – RJ, Rogério Marques Sequeira Costa