AS VINTE E SEIS ARMAS DO ESCRITOR
São como pedras aleatórias
Quando todas misturadas
Mas transformam-se em poesias
Quando juntas e ordenadas.
 
Pelo alfabeto brasileiro
São apenas vinte e seis
Pois é tudo o que precisa
Um doutor em português.
 
E para qualquer profissional
De conhecimento científico
Precisa aprender pôr as letras
Em seus lugares específicos.
 
Leio setecentas páginas
Nada mais que repetições
Porém com vinte e seis letras
Há tantas combinações.
 
As letras estão para o escritor
Como pedra preciosa amontoada
Porém nas mãos de um lapidário
Vira obra de arte quando lapidada.
JOEL MARINHO

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