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"Sou rigorosamente ateu, cético,
cínico e escroto, nessa ordem."
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Aldir Blanc (1946/2020)
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"Sou rigorosamente ateu, cético,
cínico e escroto, nessa ordem."
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Aldir Blanc (1946/2020)
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Foi um compositor e cronista brasileiro natural do Rio de Janeiro (RJ). Médico de formação, com especialização em psiquiatria, abandonou a profissão para se tornar compositor e um dos grandes letristas da história da música brasileira. Além de compositor, Blanc foi também cronista, tendo escrito colunas em publicações como as revistas O Pasquim e Bundas e os jornais O Globo, Jornal do Brasil e O Dia. Muitas dessas crônicas foram lançadas mais tarde como livros, como são os casos de "Rua dos Artistas e arredores", "Porta de tinturaria" e "Vila Isabel, inventário da infância". Apaixonado pelo Vasco da Gama, escreveu - em parceria com José Reinaldo Marques - o livro "Vasco - a Cruz do Bacalhau". Em cinco décadas de atividade como compositor, foi autor de mais de 600 canções, com cerca de 50 parceiros, dentre os principais: João Bosco, Guinga, Moacyr Luz, Cristovão Bastos, Maurício Tapajós e Carlos Lyra. Entre seus trabalhos mais notáveis como compositor estão “Bala com Bala”, “O Mestre-sala dos Mares”, “Dois pra Lá, Dois pra Cá”, “De Frente pro Crime”, “Kid Cavaquinho”, “Incompatibilidade de Gênios”, “O Ronco da Cuíca”, “Transversal do Tempo”, “Corsário”, "O Bêbado e a Equilibrista", “Catavento e Girassol”,“Coração do Agreste” e “Resposta ao Tempo”. Blanc nasceu em 2 de setembro de 1946, no bairro do Estácio, no décimo mês de gestação de sua mãe, Helena, cujo trauma deixou uma espécie de depressão pós-parto na mãe. Nunca mais engravidou e quase não saía de casa - comportamento mais tarde adotado pelo filho - até sua morte, em 2002, com 80 anos. Seu pai, Alceu, era funcionário do antigo Iapetec e amava jogar sinuca e nos cavalinhos. Sujeito de poucas palavras, tornou-se o maior amigo de Aldir com o tempo. Filho único, teve no avô materno, o português Antônio Aguiar, a presença mais afetuosa em sua infância, que praticamente criou o neto na casa de Vila Isabel, bairro onde estariam tipos e cenários fundamentais para os textos e as letras do futuro compositor e cronista. Aos 11 anos, época em que os avós foram morar no Estácio. Com o passar dos anos, o contato com os malandros da área ficava cada vez pior, o que levou os avós a persuadi-lo a morar com um primo um pouco mais velho, na Tijuca, que o levou a conhecer bailes, noitadas boêmias, mulheres, futebol, a quadra da escola de samba Acadêmicos do Salgueiro (que se tornaria a escola do coração de Blanc), os blocos de Carnaval. Aluno exemplar em biologia, conseguiu ingressar em 1965 na Escola de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, de onde saiu em 1971 com especialização em psiquiatria. Fez residência dentro do Centro Psiquiátrico Pedro II, no Hospital Gustavo Riedel, em Engenho de Dentro, mas como se negava constantemente à rotina de eletrochoques em pacientes do manicômio, saiu de lá após um ano para abrir seu próprio consultório, no centro do Rio. Às vezes, chamava o paciente para conversar na rua ou num bar. Assim foi até 1973, época em que já era um parceiro de João Bosco e gravado por Elis Regina e tinha vontade de se dedicar exclusivamente à carreira de compositor. Concretizou a decisão em 1974, logo após o trauma deixado pelas mortes de Maria e Alexandra, as filhas gêmeas prematuras de sete meses que seriam as primeiras de seu casamento com a professora Ana Lúcia. Dessa relação, eles teriam mais tarde as filhas Mariana (nascida em 1975) e Isabel (nascida em 1981). Quando Blanc se casou com a professora Mary Sá Freire, em 1988, ela já tinha duas filhas, Tatiana e Patrícia, que foram criadas como suas também. Viveu por muitos anos em seu apartamento na Rua Garibaldi, na Muda, onde frequentou assiduamente os botequins da região. Nunca viajou para fora do Brasil. Durante a década de 1980, passou a beber com maior frequência, foi se afastando de alguns hábitos sociais e foi desenvolvendo fobia social, chegando a ser diagnosticado com depressão. O quadro piorou e o levou a viver em reclusão quase permanente na década seguinte, agravada por um grave acidente de automóvel, sofrido em 1991, que lhe dificultou para sempre o movimento da perna esquerda. Sem poder andar nas ruas com a frequência de outrora. Às vésperas da Copa do Mundo FIFA de 2010, recebeu diagnóstico de diabetes tipo 2, o que lhe exigiu o fim do consumo de álcool e de cigarros. Embora recluso, adorava falar pelo telefone com os amigos, onde comentava o noticiário e compartilhava informações sobre a família. Além do tempo dedicado ao convívio com a família e às conversas por telefone com os amigos, passava muito tempo em seu espaçoso escritório lendo seus livros e ouvindo seus discos. Ateu, adorava ler obras sobre mitologia grega, Segunda Guerra Mundial, psicanálise, além de romances policiais. Era também grande apreciador de discos de jazz. Salgueirense boêmio por muitos anos, acabou se tornando uma pessoa quase totalmente reclusa em seu apartamento na Muda, no bairro carioca da Tijuca. Em 2013, o jornalista Luiz Fernando Vianna lançou uma biografia autorizada sobre Blanc. Em 10 de abril de 2020, Blanc deu entrada no Hospital Municipal Miguel Couto com infecção urinária e pneumonia. Com o agravamento do seu quadro clínico, o compositor foi transferido dias depois para a Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Universitário Pedro Ernesto, onde um exame revelou uma infecção pelo COVID-19. Na madrugada de 4 de maio, acabou por não resistir e morreu por complicações da doença. Aldir deixou a esposa Mari Lucia, quatro filhas, cinco netos e um bisneto.
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A TROVA DO DIA - CCCXC
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A TROVA DO DIA - CCCXC
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"JARDIM"
Venha visitar o meu jardim,
Traga consigo suas flores,
Vamos curtir aromas enfim,
Ao plantar nossos amores.
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N.A.: "A TROVA DO DIA" é um projeto de publicação em série de quadras poéticas de minha autoria por tempo indeterminado. Apesar de não ser considerado pelas regras literárias, as minhas trovas são identificadas por títulos e algumas delas não obedecem as sete sílabas por estrofe. No entanto, todas terão as rimas e as mensagens como objetivo principal neste trabalho. Na realidade, nessas apresentações, os meus textos deveriam ser classificados como "quadras poéticas", mas preferi identificar o meu projeto com títulos e não com números, como seria o caso.
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Abraços
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Interações (meus agradecimentos):
08/05/20 09:10 - Joselita Alves Lins
Veja o brotar dessa flor,
Do jardim onde estamos,
Tal é por ti meu amor,
Desde quando nos olhamos.
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08/05/20 13:29 - Antônio Souza
Meu jardim te espera
Farei uma bela festa
Darei fim na paquera
És tudo que me resta.
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10/05/20 03:05 - Luiza De Marillac Michel
Meu jardineiro já vem
Colher minha flor perfumada
Com toda água que temEla ficará polinizada...
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N.A.: "A TROVA DO DIA" é um projeto de publicação em série de quadras poéticas de minha autoria por tempo indeterminado. Apesar de não ser considerado pelas regras literárias, as minhas trovas são identificadas por títulos e algumas delas não obedecem as sete sílabas por estrofe. No entanto, todas terão as rimas e as mensagens como objetivo principal neste trabalho. Na realidade, nessas apresentações, os meus textos deveriam ser classificados como "quadras poéticas", mas preferi identificar o meu projeto com títulos e não com números, como seria o caso.
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Abraços
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Interações (meus agradecimentos):
08/05/20 09:10 - Joselita Alves Lins
Veja o brotar dessa flor,
Do jardim onde estamos,
Tal é por ti meu amor,
Desde quando nos olhamos.
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08/05/20 13:29 - Antônio Souza
Meu jardim te espera
Farei uma bela festa
Darei fim na paquera
És tudo que me resta.
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10/05/20 03:05 - Luiza De Marillac Michel
Meu jardineiro já vem
Colher minha flor perfumada
Com toda água que temEla ficará polinizada...
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