Eu perdi algo nas nuvens

Quando eu passo por entre

as lembranças rompidas da mente.

E o reino devastado do passado,

e enquanto as imagens retornam

daqueles tempos tristes.

Eu percebo que eu

perdi algo com o tempo,

algo enquanto olhava para as nuvens

e as estrelas.

Toda forma de vida me engana,

como o beijo de um falso amigo.

Eu não sei mais para onde olhar,

senão para as nuvens.

Os primeiros amores de minha

juventude desperdiçada,

e os dias confinados

nos refúgios citadinos escuros.

Desta peleja sai ferida,

vertido o cálice perdi minha vida.

Desde tal, acanhada em meus modos,

então o estranhamento por ter

que a mim mesma libertar

desflorando os sentidos compulsórios.

Houve tempos em minha vida,

quando o que importava

era a mera lembrança de um ontem simples.

E quando eu caminho

pela grama alta e pelas cidades destruídas.

Eu sinto que perdi algo,

e me desprendi de alguém.

E sinto que aqui mesmo posso morrer

deitarei no chão

para o meu próprio bem.