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"Se não houver frutos, valeu a beleza das flores;
se não houver flores, valeu a sombra das folhas;
se não houver folhas, valeu a intenção da semente."
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Henfil (1944/1988)
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"Se não houver frutos, valeu a beleza das flores;
se não houver flores, valeu a sombra das folhas;
se não houver folhas, valeu a intenção da semente."
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Henfil (1944/1988)
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Henrique de Souza Filho, mais conhecido como Henfil, foi um cartunista, quadrinista, jornalista e escritor brasileiro natural de Ribeirão das Neves, Minas Gerais. Ficou conhecido por seus cartuns publicados no jornal “O Pasqum” e no “Fradim”. Henfil e seus dois irmãos, o sociólogo Betinho e o músico Chico Mário, herdaram da mãe a hemofilia – distúrbio que impede a coagulação do sangue, ficando o doente suscetível a sofrer hemorragia. Henfil estudou Sociologia na Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais, mas não concluiu o curso. Trabalhou como contínuo em uma agência de publicidade. Especializou-se em ilustração e produção de histórias em quadrinhos. Começou sua carreira de ilustrador em 1964, quando foi convidado pelo editor e escritor Robert Dummond, para trabalhar na revista Alterosa, em Belo Horizonte. No ano seguinte teve seus trabalhos de caricaturas de políticos publicadas no jornal Diário de Minas. Em 1967 criou charges esportivas para o Jornal de Sports, do Rio de Janeiro. Trabalhou para as revistas Realidade, Visão, Placar e O Cruzeiro. Em 1969 começou a colaborar com o Jornal do Brasil e com o Pasquim, jornal que confrontava o regime militar brasileiro. Em 1970, no auge da ditadura militar criou a revista “Fradim”, onde divulgou seus personagens que tinham como característica o humorismo crítico e satírico. Com o advento do AI-5 — garantindo a censura dos meios de comunicação, e os órgãos de repressão prendendo e torturando os "subversivos" —, Henfil, em 1972, lançou a revista Fradim pela editora Codecri, que tornou seus personagens conhecidos. Além dos fradinhos Cumprido e Baixim, a revista reuniu a Graúna, o Bode Orelana, o nordestino Zeferino e, mais tarde, Ubaldo, o paranoico. Henfil envolveu-se também com cinema, teatro, televisão (trabalhou na Rede Globo, como redator do extinto programa TV Mulher), grande sucesso junto ao público feminino no fim dos anos 70 para o começo dos anos 80. Na literatura, mas ficou marcado mesmo por sua atuação nos movimentos sociais e políticos brasileiros. Ele tentou seguir carreira nos Estados Unidos, onde passou dois anos em um tratamento de saúde. Como não teve lugar nos tradicionais jornais estadunidenses, sendo renegado a publicações underground, Henfil escreveu seu livro "Diário de um Cucaracha". De volta ao Brasil. ele também fez participação da revista Isto É onde escrevia uma coluna chamada Cartas da Mãe.
Após uma transfusão de sangue, acabou contraindo o vírus da AIDS. Ele faleceu vítima das complicações da doença no auge de sua carreira, com seu trabalho aparecendo nas principais revistas brasileiras. Henfil passou toda sua vida a defender o fim do regime ditatorial pelo qual o Brasil passava. Em 1972, quando Elis Regina fez uma apresentação para o exército brasileiro, Henfil publicou em O Pasquim uma charge enterrando a cantora, apelidando-a de "regente" — junto a outras personalidades que, na ótica dele, agradariam aos interesses do regime, como os cantores Roberto Carlos e Wilson Simonal, o jogador Pelé e os atores Paulo Gracindo, Tarcísio Meira e Marília Pêra. Anos mais tarde, o cartunista disse que se arrependia apenas de ter enterrado Clarice Lispector e Elis Regina. Em 2017 foi lançado um documentário sobre sua vida, sua arte, e como ele pode ser interpretado nos dias de hoje por artistas mais jovens. Cronista de humor. Os escritos de Henfil eram anotações rápidas. Não eram propriamente crônicas, mas um misto de reflexões rápidas, assim como seus traços ligeiros dos cartuns. Célebres eram suas "Cartas à mãe" — título comum em que escrevia sobre tudo e todos, muitas vezes atirando como metralhadora, usando um tom intimista do filho que realmente fala com a mãe — ao tempo em que criticava o governo e cobrava posições das personalidades. Mesmo seus livros são em verdade a reunião desses escritos, a um tempo memorialistas e de outro falando sobre tudo, sobre a conjuntura política e seu engajamento. Em Diário de um Cucaracha, por exemplo, Henfil narra sua passagem pelos Estados Unidos, onde tentou "fazer a América, sonho de todo latino-americano que se preza" (segundo ele próprio). A obra traz um quadro em que o cartunista relata o choque cultural que experimentou, a reação vigorosa do público norte-americano aos seus personagens, classificados como agressivos e ofensivos. Tudo isso escrito em capítulos pequenos, no tom intimista de quem dialoga não com um leitor anônimo, mas com um amigo ou conhecido. No ano de 2009 seu único filho criou o Instituto Henfil. Uma série de cartuns de Henfil que ficou bastante conhecida foi O Cemitério dos Mortos-Vivos, em que "enterrava" personalidades públicas que, na opinião do cartunista, eram favoráveis a ditadura. Além de empresários, Henfil atacou pessoas como Roberto Carlos, Pelé e Tarcísio Meira. Através de uma parceria entre a ONG Henfil e o Instituto Henfil, as 31 revistas Fradim, publicadas por Henfil entre os anos de 1971 e 1980, serão reeditadas. Alguns exemplares já estão à venda na internet. A previsão era de que a coleção estivesse completa até o fim do primeiro semestre de 2014. Além das reedições, uma edição foi feita especialmente para o projeto: a edição Número Zero, que resgata os personagens clássicos de Henfil. Em 2017 foi lançado um documentário dirigido pela cineasta Angela Zoé, sobre a vida, a arte, a interpretação do artista nos dias de hoje, por artistas mais jovens. Como escritor, publicou diversos livros, entre eles, “Hiroshima, Meu Humor” (1966), “Diretas Já!” (1984), “Henfil na China” (1980), “Fradim de Libertação” (1984), “Como se Faz Humor Político” (1984). Em 1981, ganhou o Prêmio Vladimir Herzog pelo conjunto de sua obra através da revista Isto É.
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A TROVA DO DIA - CCCLXXIV
Após uma transfusão de sangue, acabou contraindo o vírus da AIDS. Ele faleceu vítima das complicações da doença no auge de sua carreira, com seu trabalho aparecendo nas principais revistas brasileiras. Henfil passou toda sua vida a defender o fim do regime ditatorial pelo qual o Brasil passava. Em 1972, quando Elis Regina fez uma apresentação para o exército brasileiro, Henfil publicou em O Pasquim uma charge enterrando a cantora, apelidando-a de "regente" — junto a outras personalidades que, na ótica dele, agradariam aos interesses do regime, como os cantores Roberto Carlos e Wilson Simonal, o jogador Pelé e os atores Paulo Gracindo, Tarcísio Meira e Marília Pêra. Anos mais tarde, o cartunista disse que se arrependia apenas de ter enterrado Clarice Lispector e Elis Regina. Em 2017 foi lançado um documentário sobre sua vida, sua arte, e como ele pode ser interpretado nos dias de hoje por artistas mais jovens. Cronista de humor. Os escritos de Henfil eram anotações rápidas. Não eram propriamente crônicas, mas um misto de reflexões rápidas, assim como seus traços ligeiros dos cartuns. Célebres eram suas "Cartas à mãe" — título comum em que escrevia sobre tudo e todos, muitas vezes atirando como metralhadora, usando um tom intimista do filho que realmente fala com a mãe — ao tempo em que criticava o governo e cobrava posições das personalidades. Mesmo seus livros são em verdade a reunião desses escritos, a um tempo memorialistas e de outro falando sobre tudo, sobre a conjuntura política e seu engajamento. Em Diário de um Cucaracha, por exemplo, Henfil narra sua passagem pelos Estados Unidos, onde tentou "fazer a América, sonho de todo latino-americano que se preza" (segundo ele próprio). A obra traz um quadro em que o cartunista relata o choque cultural que experimentou, a reação vigorosa do público norte-americano aos seus personagens, classificados como agressivos e ofensivos. Tudo isso escrito em capítulos pequenos, no tom intimista de quem dialoga não com um leitor anônimo, mas com um amigo ou conhecido. No ano de 2009 seu único filho criou o Instituto Henfil. Uma série de cartuns de Henfil que ficou bastante conhecida foi O Cemitério dos Mortos-Vivos, em que "enterrava" personalidades públicas que, na opinião do cartunista, eram favoráveis a ditadura. Além de empresários, Henfil atacou pessoas como Roberto Carlos, Pelé e Tarcísio Meira. Através de uma parceria entre a ONG Henfil e o Instituto Henfil, as 31 revistas Fradim, publicadas por Henfil entre os anos de 1971 e 1980, serão reeditadas. Alguns exemplares já estão à venda na internet. A previsão era de que a coleção estivesse completa até o fim do primeiro semestre de 2014. Além das reedições, uma edição foi feita especialmente para o projeto: a edição Número Zero, que resgata os personagens clássicos de Henfil. Em 2017 foi lançado um documentário dirigido pela cineasta Angela Zoé, sobre a vida, a arte, a interpretação do artista nos dias de hoje, por artistas mais jovens. Como escritor, publicou diversos livros, entre eles, “Hiroshima, Meu Humor” (1966), “Diretas Já!” (1984), “Henfil na China” (1980), “Fradim de Libertação” (1984), “Como se Faz Humor Político” (1984). Em 1981, ganhou o Prêmio Vladimir Herzog pelo conjunto de sua obra através da revista Isto É.
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A TROVA DO DIA - CCCLXXIV
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"AZARAÇÃO"
Meus braços pedem os seus,
Num desejo de aconchegos,
Quero seus olhos nos meus,
Mirando pra nossos apegos.
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N.A.: "A TROVA DO DIA" é um projeto de publicação em série de quadras poéticas de minha autoria por tempo indeterminado. Apesar de não ser considerado pelas regras literárias, as minhas trovas são identificadas por títulos e algumas delas não obedecem as sete sílabas por estrofe. No entanto, todas terão as rimas e as mensagens como objetivo principal neste trabalho. Na realidade, nessas apresentações, os meus textos deveriam ser classificados como "quadras poéticas", mas preferi identificar o meu projeto com títulos e não com números, como seria o caso.
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Abraços
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Interações (meus agradecimentos):
22/04/20 09:25 - Antônio Souza
Os seus braços me confortam
Dos mais horrendos cansaços
São doçuras que me importam
Nada igual aos seus amassos.
-----------------------------
22/04/20 21:42 - Joselita Alves Lins
Aqui eu chamo de paquera,
Aí tu chamas azaração
E fico aqui na espera,
Que sintas por mim atração.
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24/04/20 10:10 - Uma Mulher Um Poema
Vou me perdendo nos teus beijos,
Me aquecendo nos teus abraços.
Ao me excitar nos teus desejos,
Quero você nos meus braços.
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N.A.: "A TROVA DO DIA" é um projeto de publicação em série de quadras poéticas de minha autoria por tempo indeterminado. Apesar de não ser considerado pelas regras literárias, as minhas trovas são identificadas por títulos e algumas delas não obedecem as sete sílabas por estrofe. No entanto, todas terão as rimas e as mensagens como objetivo principal neste trabalho. Na realidade, nessas apresentações, os meus textos deveriam ser classificados como "quadras poéticas", mas preferi identificar o meu projeto com títulos e não com números, como seria o caso.
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Abraços
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Interações (meus agradecimentos):
22/04/20 09:25 - Antônio Souza
Os seus braços me confortam
Dos mais horrendos cansaços
São doçuras que me importam
Nada igual aos seus amassos.
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22/04/20 21:42 - Joselita Alves Lins
Aqui eu chamo de paquera,
Aí tu chamas azaração
E fico aqui na espera,
Que sintas por mim atração.
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24/04/20 10:10 - Uma Mulher Um Poema
Vou me perdendo nos teus beijos,
Me aquecendo nos teus abraços.
Ao me excitar nos teus desejos,
Quero você nos meus braços.
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