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"Sinto, logo sou livre.“
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Audre Lord (1934/1992)
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Audrey Geraldine Lorde foi uma escritora, poeta, feminista, mulherista, lésbica e ativista norte-americana natural de Harlem, Nova Iorque, Nova York, EUA, descendente de uma família de imigrantes do Caribe. Um dos seus esforços mais notáveis foi o seu trabalho militante com as mulheres afro-alemãs na década de 1980. Começou a publicar na década de 60, na revista de Langston Hughes, New Negro Poets, USA. Neste período, engajou-se nos movimentos feministas, Anti-Guerra e dos Direitos Civis. Seu livro de estreia foi The First Cities (1968), publicado pela editora Poet´s Press e editado por Diane di Prima. Seu segundo livro, de 1970, foi Cables to rage, seguido de volumes como From a Land Where Other People Live (1973), Coal (1976), Between Our Selves (1976), The Black Unicorn (1978) e The Cancer Journals (1980). Entre 1984 e 1992, ano de sua morte, a poeta viveu e trabalhou em Berlim, Alemanha, período sobre o qual a diretora Dagmar Schultz lançou, no ano passado, o documentário Audre Lorde: The Berlin Years (1984 - 1992). O ativismo feminista de Audre Lorde foi importante e polêmico, ao acusar o Movimento Feminista norte-americano, dominado por ensaístas e ativistas brancas, de ignorar a questão racial do problema, e por focar-se nas experiências de mulheres brancas da classe média. Audre Lorde insistiu que questões de raça, sexualidade, idade, classe e até mesmo saúde influíam e definiam as experiências particulares de cada mulher, e precisavam, portanto, ser abordadas de formas específicas. Suas ideias influíram sobre o conceito de interseccionalidade nos estudos políticos da opressão contra minorias. Ferrenha defensora dos direitos humanos, Lorde era poetisa, espaço onde se afirmava como mulher negra. Participou das lutas pelos direitos civis nos EUA e não passou pano para as colegas feministas brancas, ressaltando a opressão que elas exerciam sobre as negras. Ela é uma das pioneiras do conceito de feminismo interseccional – que pontua as diferentes opressões que mulheres de diferentes condições vivem, levando em conta essencialmente as diferenças de raça e classe social. “Eu sou definida como a outra em todos os grupos de que participo. A forasteira, tanto pela força como pela fraqueza.” O fato é que o empoderamento feminino entrou, de vez, na ordem do dia. Muitas mulheres que não se identificam como feministas passam, cada dia mais, a questionar os papéis tradicionalmente atribuído a elas. E a cultura do care tem tudo a ver com isso. Os cuidados gerais – casa, filhos, familiares doentes, idosos, administração da vida em comum – tudo isso sempre foi entendido como uma atribuição da mulher. Mas é trabalho não remunerado, a chamada dupla, tripla jornada. E quem cuida das cuidadoras? Quem cuida de si tendo de cuidar de tantas pessoas e coisas ao mesmo tempo? Se há escala de opressão, como nos ensina Lorde, a mulher negra é a última a ser lembrada. Por isso, a poetisa profetizou: “Cuidar de mim mesma não é autoindulgência, é uma autopreservação e isso é um ato de guerra política”. Ou seja, um ato de resistência das mulheres aos papéis condicionadas. Lutando contra o câncer desde 1978, primeiro o câncer de mama (o que exigiria uma mastectomia), e depois no fígado, Audre Lorde morreu a 17 de novembro de 1992."Sinto, logo sou livre.“
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Audre Lord (1934/1992)
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A TROVA DO DIA - CCCLXV
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"REMÉDIO"
Você voltou e eu revigorei,
Após u'a longa amargura,
Agora estou feliz e já sei,
Que o seu amor me cura.
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N.A.: "A TROVA DO DIA" é um projeto de publicação em série de quadras poéticas de minha autoria por tempo indeterminado. Apesar de não ser considerado pelas regras literárias, as minhas trovas são identificadas por títulos e algumas delas não obedecem as sete sílabas por estrofe. No entanto, todas terão as rimas e as mensagens como objetivo principal neste trabalho. Na realidade, nessas apresentações, os meus textos deveriam ser classificados como "quadras poéticas", mas preferi identificar o meu projeto com títulos e não com números, como seria o caso.
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Abraços
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Interações (meus agradecimentos):
13/04/20 00:22 - Guída Sá
Depois que fui embora....
A saudade bateu doída....
Sem nosso amor de outrora...
Fiquei totalmente perdida...
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13/04/20 00:33 - Verdana Verdannis
Teu retorno é uma glória
Sinto-me doce e amorosa
Infinita é nossa história
Diante dessa paixão fervorosa.
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13/04/20 01:37 - Lucia Moraës
Para as dores emocionais, do coração
o melhor remédio, sem dúvida, é o amor.
Alivia tristezas e não tem contra indicação,
Cura qualquer dor, seja ela qual for.
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13/04/20 14:07 - Antônio Souza
O teu corpo é minha casa
Nela estou bem à vontade
Amor lindo q' estravaza
Cura-me enche-me d'bondade.
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13/04/20 16:53 - Joselita Alves Lins
Tua ausência faz sofrer
Parece um mal sem fim.
Mas tua volta há de trazer,
outra vez, risos pra mim.
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13/04/20 23:05 - Francisco Luiz Mendes
Outra vez voltei viver
Eu, feliz agora estou,
pois em mim tudo mudou,
Após você aparecer.
Até sofri um bom bocado:
Mas com a sua chegada,
A vida deu uma virada,
Já me sinto aliviado.
Depois da revigorada,
Por seu amor fui curado.
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