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"A fé religiosa sincera e forte deve coexistir
com a liberdade de pensamento."

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2Q==
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Sousa Caldas (1762/1814)
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António Pereira Sousa Caldas foi um poeta, sacerdote católico e orador sacro brasileiro natural do Rio de Janeiro (RJ), além de autor de diversas obras líricas de caráter filosófico durante o movimento arcadista da nossa literatura. Ele nasceu no seio de uma família portuguesa que se havia recentemente instalado no Rio de Janeiro. Era filho de Luís Pereira de Sousa, comerciante, e de Ana Maria de Sousa, um casal que ainda mantinha relações estreitas com familiares em Portugal. Com apenas oito anos de idade, evidenciando vocação para as letras e uma saúde frágil, foi enviado pela família para Lisboa e entregue aos cuidados de um tio. Aos dezesseis anos, em 1778, matriculou-se no curso de matemática da Universidade de Coimbra, de que se exigia então um ano para os candidatos ao curso de Cânones, curso que completou em 1782. Entretanto, em 1781 fora preso pelo Santo Ofício, por causa de suas ideias francesas, sendo condenado por ser herege, naturalista, deísta e blasfemo, e penitenciado no auto-de-fé que se celebrou em 26 de agosto de 1781. Em consequência foi internado no convento de Rilhafoles, a fim de ser compulsivamente catequizado por seis meses. As razões deste incidente estão bem descritas no seguinte texto de um autor coevo: Entre os estudantes com quem convivia em Coimbra figuravam aqueles - entre eles o poeta brasileiro António Pereira de Sousa Caldas e o futuro higienista e também poeta Francisco de Melo Franco, igualmente brasileiro que, acusados de hereges, naturalistas, deístas, blasfemos, apóstatas, tolerantes, dogmáticos, de não seguirem o preceito de abstinência da Quaresma, reunindo-se, alta noite, em casa uns dos outros, e às vezes no Laboratório de Química, de que Manuel Joaquim habitava uma dependência, para comerem presuntos roubados, de lerem pelo autor Rousseau e outros hereges, foram de sambenito, ao Auto de Fé que na Sala do Santo Ofício em Coimbra, se celebrou a 26 de Agosto de 1781. Apesar da catequização, e da conversão que alguns autores afirmam ter ocorrido, em 1784 compõe a Ode ao homem selvagem, poema inspirado em Jean-Jacques Rousseau, e em 1785 foi apontado como um dos prováveis autores de O Reino da Estupidez, o que o coloca bem longe da ortodoxia católica e da conformidade com as normas vigentes. Após o bacharelato em Cânones, pretendendo prosseguir estudos jurídicos, que apenas viria a completar em 1789, fez uma viagem à França, indo recomendado em Paris ao segundo marquês de Pombal, então ali embaixador de Portugal. Completado em 1789 o curso de leis, partiu para a Itália, viajando por mar até Génova, e daí até Roma, onde permanece e aparentemente retoma estudos que lhe permitirão no ano seguinte, 1790, receber em Roma ordenação sacerdotal. A partir da ordenação sacerdotal abandonou a poesia profana, ganhando renome como orador sacro e por compor poesia com um profundo cunho filosófico e inspiração religiosa. Em 1801 visita a família no Rio de Janeiro, onde fixou-se definitivamente a partir de 1808. Entre 1810 e 1812 compõe cerca de meia centena de cartas (de que hoje são apenas conhecidas cinco) versando a liberdade de opinião e outros temas filosóficos, mostrando que a fé religiosa, sincera e forte, coexistia nele com o desejo de liberdade de pensamento. Faleceu aos 51 anos, em 1814, sem nunca ter sido nomeado para qualquer cargo, estando sepultado no convento de Santo António, do Rio de Janeiro. A parte mais importante da sua obra foi editada apenas postumamente.
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A TROVA DO DIA - CCCX
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  "FLERTE POÉTICO"
  
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Quero contigo versejar,
Nossas letras entrelaçar,
Ter um poema pra cantar,
E o seu sim pra namorar.
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N.A.: "A TROVA DO DIA" é um projeto de publicação em série de quadras poéticas de minha autoria por tempo indeterminado. Apesar de não ser considerado pelas regras literárias, as minhas trovas são identificadas por títulos e algumas delas não obedecem as sete sílabas por estrofe. No entanto, todas terão as rimas e as mensagens como objetivo principal neste trabalho. Na realidade, nessas apresentações, os meus textos deveriam ser classificados como "quadras poéticas", mas preferi identificar o meu projeto com títulos e não com números, como seria o caso. 
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Abraços 
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Interações (meus agradecimentos):

17/02/20 06:48 - Joselita Alves Lins
Se com poesia me tens,
com romantismo então...
vou compor, pra ti também,
a mais sublime canção! 
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17/02/20 09:57 - Antônio Souza
Vejo nos versos teus amor
Deles a sintonia me chega
Sinto doçura no teu olor
Desejos em ti me aconchega. 
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17/02/20 16:05 - Uma Mulher Um Poema
Nossos versos caminham juntos,
Nas rimas de amor e carinho,
Num flerte mais que profundo,
Viajando nos sentimentos vividos. 
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17/02/20 20:18 - Norma Aparecida Silveira Moraes
Um poético doce flertar
Da poesia tanto carinho
Fazendo a vida brilhar
No verdadeiro caminho.
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17/02/20 23:03 - Adna Matos Macedo
Como não amar esse olhar doce,
Desejar os carinhos flertados,
Nada mais sublime,
Que a paixão do meu namorado.
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POETA OLAVO
Enviado por POETA OLAVO em 17/02/2020
Reeditado em 18/02/2020
Código do texto: T6867794
Classificação de conteúdo: seguro