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"A arte existe porque a vida não basta."
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Ferreira Gullar (1930/2016)
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Pseudônimo de José de Ribamar Ferreira, foi um escritor, poeta, crítico de arte, biógrafo, tradutor, memorialista e ensaísta brasileiro natural de São Luís (MA). Abriu caminho para a "Poesia Concreta" com o livro "A Luta Corporal". Organizou e liderou o movimento literário "Neoconcreto". Recebeu o Prêmio Camões, em 2010. Em 2014, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras. Iniciou seus estudos em sua cidade natal. Com 13 anos passou a se dedicar à poesia. Ingressou na Escola Técnica São Luís, onde queria aprender uma profissão. Com 18 anos, Ferreira Gullar desistiu da Escola Técnica e começou a assinar “Ferreira Gullar” e publicou seu primeiro livro de poesias, intitulado "Um Pouco Acima do Chão". Em 1951 mudou-se para o Rio de Janeiro, onde atuou como revisor de textos da revista O Cruzeiro. Ferreira Gullar iniciou sua obra sob os princípios da poesia concreta. Em 1954 escreveu a "A Luta Corporal", livro que prenunciava a Poesia Concreta. Em 1956, depois de participar da primeira exposição de Poesia Concreta, realizada em São Paulo, organizou e liderou o grupo "Neoconcreto", no qual participaram Lígia Clark e Hélio Oiticica. No começo dos anos 60, Ferreira Gullar já havia rompido com as vanguardas, numa luta para construir uma expressão própria, entrando em contato com os problemas sociais que assolavam o país. Passou a fazer uma poesia de denúncia social. É de 1968, “Por Você, Por Mim”, longo poema sobre o Vietnã. Ferreira Gullar presidia o Centro Popular de Cultura, quando em 1964, veio o golpe militar. Filiado ao PC e um dos fundadores do grupo Opinião, após a edição do Ato Institucional n.º 5, em 1969, foi preso junto com intelectuais e músicos, como Caetano Veloso e Gilberto Gil. Em 1971, mudou-se para Paris. Morou em seguida no Chile, Peru e Argentina. Exilado por cinco anos, publicou duas obras muito importantes: “Dentro da Noite Veloz” (1975) e "Poema Sujo" (1976) obras que representam a solução dos problemas vividos por todos os intelectuais do período, que viram seus ideais populistas serem sufocados pela revolução de 1964. Em 1977 é absolvido pelo STF e retorna ao Brasil. Para o teatro, Ferreira Gullar escreveu, em 1966, em parceria com Oduvaldo Vianna Filho, a peça "Se Correr o Bicho Pega, Se Ficar o Bicho Come". Em parceria com Arnaldo Costa e A.C. Fontoura, escreveu, em 1967, "A Saída? Onde Fica a Saída?". Junto com Dias Gomes, em 1968, escreveu "Dr. Getúlio, Sua Vida e Sua Glória". Para a televisão, colaborou para as novelas Araponga em 1990, Irmãos Coragem, em 1995 e Dona Flor e Seus Dois Maridos, em 1998. Ferreira Gullar ganhou diversos prêmios de literatura, entre eles, o Prêmio Jabuti de Melhor Livro de Ficção de 2007, com "Resmungos". Também teve reconhecimento com o Prêmio Camões, em 2010. No mesmo ano, recebeu o título de Doutor Honoris Causa, da UFRJ. Em 2011, recebeu o Prêmio Jabuti de Poesia. No dia 9 de outubro de 2014, Ferreira Gullar foi eleito para a cadeira n.º 37 da Academia Brasileira de Letras. Em dezembro desse mesmo ano realizou a exposição "A Revelação do Avesso" onde apresentou 30 quadros feitos a partir de colagens com papel colorido, que foram produzidas como passatempo. A mostra foi acompanhada por um livro com fotos da coleção completa e também com poemas do autor. Ferreira Gullar faleceu no Rio de Janeiro, no dia 4 de dezembro de 2016.
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A TROVA DO DIA - CCCVI

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"FORA DA ONDA" 

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Preciso segurar minha grana,
Sou um escravo aposentado,
Fingir e tirar onda de bacana,
 Não é pra duro tão enrolado. 
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N.A.: "A TROVA DO DIA" é um projeto de publicação em série de quadras poéticas de minha autoria por tempo indeterminado. Apesar de não ser considerado pelas regras literárias, as minhas trovas são identificadas por títulos e algumas delas não obedecem as sete sílabas por estrofe. No entanto, todas terão as rimas e as mensagens como objetivo principal neste trabalho. Na realidade, nessas apresentações, os meus textos deveriam ser classificados como "quadras poéticas", mas preferi identificar o meu projeto com títulos e não com números, como seria o caso. 
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Abraços
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Interações (meus agradecimentos):

13/02/20 09:27 - Antônio Souza
Dinheiro de aposentado é uma benção
Não há quem possa dizer o contrário
Dez por cento é do pastor pela unção
Gastar atoa não pode só se for otário. 
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13/02/20 20:06 - Joselita Alves Lins
Trabalho pra meu sustento
e ganho pensão por morte,
compro roupa e alimento
e agradeço à sorte. 
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14/02/20 20:43 - Uma Mulher Um Poema
Com pequena aposentadoria,
Não posso gastar muito.
Faço bico na padaria,
Pois o dinheiro está curto! 
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POETA OLAVO
Enviado por POETA OLAVO em 13/02/2020
Reeditado em 14/02/2020
Código do texto: T6864906
Classificação de conteúdo: seguro