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"Tente ser feliz ao invés de tentar ser perfeito."
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wislawa szymborska (1923/2012)
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Foi uma poetisa, ensaísta e tradutora polonesa natural de Prowent, agora parte da cidade de Kórnik, no oeste da Polônia. Wisława era o segundo nome de Szymborska e o seu nome completo era Maria Wisława Anna Szymborska. Autora de mais de 15 livros de poesia, também se dedicou a ilustrar e editar. A produção poética de Wisława Szymborska, embora modesta em quantidade, aproximando-se de 350 poemas publicados e sempre foi muito apreciada pelos críticos e leitores. Nela, podemos apreciar a grande evolução pessoal e intelectual de sua autora, uma mulher cuja história foi marcada pela ocupação alemã durante a Segunda Guerra Mundial. Durante sua juventude, Wisława se viu forçada a estudar de forma clandestina em uma Polônia ocupada pelos nazistas. Após a guerra, ela se transformou em uma defensora do comunismo. No entanto, ao longo de sua vida, o desencanto aumentou e ela acabou se desiludindo com esta ideologia. Após seus dois primeiros livros, Wisława rejeitou o líder comunista Stalin. Ganhadora do Prêmio Nobel de Literatura, sua vida não foi apenas criação literária. Wisława Szymborska também ganhou notoriedade graças às suas traduções de obras primas universais ao polonês. Na época em que nasceu, seu pai trabalhava como mordomo sob o comando do conde Władysław Zamoyski, um magnata e latifundiário. O conde era o proprietário da cidade de Kórnik. Quando o conde morreu, em 1924, a família Szymborska se mudou para Torun. Lá, aos cinco anos de idade, Wisława começou a escrever poesia enquanto estudava em uma escola infantil. A atmosfera em sua casa era bastante intelectual; todos liam muito e discutiam sobre livros. Wisława sempre mostrou seus poemas ao seu pai e, quando ele gostava do que ela escrevia, dava-lhe uma moeda  como recompensa. Após uma segunda mudança, em 1931, Wisława foi matriculada em uma escola na Cracóvia, mas não pôde terminar seus estudos lá. Ela sofreu bastante durante sua juventude, primeiro no âmbito pessoal com a morte prematura de seu pai, e no âmbito social como consequência da ocupação alemã da Polônia. Quando a Segunda Guerra Mundial começou, a Alemanha ocupou a Polônia em 1940. Isso fez com que os cidadãos poloneses não pudessem frequentar as escolas públicas. Wisława havia criado um vínculo muito forte com a antiga cidade real sob o castelo de Wawel; Wisława continuou seus estudos em uma escola subterrânea, sob o castelo de Wawel. Cabe dizer que, durante o século XX, o castelo de Wawel foi a residência de um presidente da Polônia depois que a nação foi invadida. A Cracóvia se transformou na sede do Governo Geral da Alemanha, e  Wawel transformou-se, posteriormente, na residência do Governador Geral Nazista Hans Frank. Após estudar durante anos de forma clandestina, Wisława Szymborska pôde terminar seus estudos na escola secundária no ano de 1941. Em 1943, tornou-se funcionária ferroviária, e conseguiu evitar ser deportada à Alemanha para fazer trabalho forçado. Este foi o período em que conseguiu trabalhar criando ilustrações para um livro de textos em inglês, e começou a escrever contos e poemas. Quando a guerra terminou em 1945, Wisława Szymborska se matriculou na Universidade Jagellónica da Cracóvia para estudar literatura polonesa. Mais tarde, transferiu-se para sociologia. No entanto, teve que abandonar seus estudos no ano de 1948, sem obter seu diploma, devido a problemas financeiros.
Em março de 1945, Wisława Szymborska estreou em um jornal da Cracóvia chamado Dziennik Polski com seu poema Szukam słowa (Buscando a palavra). Logo, muitos outros poemas começaram a aparecer em diferentes jornais e meios de comunicação locais. Após abandonar os estudos em 1948, assumiu o cargo de secretária em uma revista educativa quinzenal. Ao mesmo tempo, também trabalhou como ilustradora para a revista e continuou escrevendo poesia. Em 1949, terminou sua primeira coleção de poemas. Como a maioria dos intelectuais daquela época, os primeiros trabalhos de Szymborska refletiam a filosofia socialista que era o assunto na Polônia daquele momento. Sua coleção de estreia, Dlatego żyjemy (Por isso vivemos, 1952), contém muitos poemas que ecoaram sua ideologia política. Na década de 50, Szymborska transformou-se em membro do Partido dos Trabalhadores Poloneses. Sua coleção seguinte, Pytania zadawane sobie (Preguntas para si mesma), publicada em 1954, ecoou seu sentimento socialista. No entanto, Szymborska se desiludiu com a ideologia comunista e, em sua terceira coleção de poemas, Wołanie do Yet (Chamada ao Yeti), publicada em 1957, o desencantamento e as mudanças sofridas em seu pensamento tornam-se evidentes. Os poemas dessa coleção expressam sua insatisfação com o comunismo, principalmente com o stalinismo. Neles, mostra sua profunda preocupação pela humanidade e chegou a comparar, em um poema, o líder soviético Stalin com um abominável boneco de neve. Com estas ações, rompeu todos os laços com o Partido dos Trabalhadores Poloneses. A autora acabou rejeitando suas duas primeiras obras, anteriores a 1957. Ela as considerava dentro da cadeia do realismo socialista, ao qual havia renunciado e com o qual seria muito crítica pelo resto de sua vida.A partir de 1968, dirigiu sua própria coluna de crítica de livros chamada Lektury Nadobowiązkowe. Grande parte destes ensaios foram reunidos e publicados posteriormente em forma de livro. Além do Prêmio Nobel de Literatura em 1966, Szymborska recebeu muitos outros prêmios. Entre eles: o Prêmio do Ministério da Cultura da Polônia (1963), o Prêmio Goethe (1991), o Prêmio Herder (1995) e o Prêmio do Club PEN da Polônia (1996). Em 1995, ela foi reconhecida com o título de Doutora Honorária em Letras pela Universidade Adam Mickiewicz de Poznan. m 2011, Wisława Szymborska recebeu a ordem Orła Białego ou a ordem da Águia Branca. Cabe adicionar ainda que se trata da premiação mais alta a qualquer indivíduo pelo Governo da Polônia. Wisława Szymborska casou-se com o poeta Adam Włodek em 1948. Sua casa na rua Krupnicza número 22, na Cracóvia, transformou-se um centro neurálgico para escritores de seu tempo. Entre eles, destaca-se o famoso escritor Czeslaw Milos. O casal se separou em 1954, embora tenham continuado amigos íntimos até a morte. Não tiveram nenhum filho. Szymborska se envolveu com o escritor Kornel Filipowicz quinze anos depois. Nunca se casaram e sempre viveram separados. Wisława Szymborska morreu tranquilamente enquanto dormia em 1 de fevereiro de 2012 em sua casa, na Cracóvia. Tinha, na época, 88 anos de idade e estava trabalhando em um novo poema.
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A TROVA DO DIA - CCXCVII

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"CAFOFO 

Z
Eu gosto muito de namorar,
Curtindo o tempo chuvoso,
Meu barraco pode preparar,
Cenas de amor bem gostoso.
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N.A.: "A TROVA DO DIA" é um projeto de publicação em série de quadras poéticas de minha autoria por tempo indeterminado. Apesar de não ser considerado pelas regras literárias, as minhas trovas são identificadas por títulos e algumas delas não obedecem as sete sílabas por estrofe. No entanto, todas terão as rimas e as mensagens como objetivo principal neste trabalho. Na realidade, nessas apresentações, os meus textos deveriam ser classificados como "quadras poéticas", mas preferi identificar o meu projeto com títulos e não com números, como seria o caso. 
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Abraços
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Interações (meus agradecimentos):

04/02/20 06:48 - Joselita Alves Lins
Estas distintas poesias,
do rimador da madrugada,
revelam com primazia
que serei sua namorada! 
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04/02/20 09:14 - Antônio Souza
Trovador apaixonado perigo iminente
Em local apropriado à luz do luar
Poetisas, cuidem-se o amor é crescente
Não se descuidem para não engravidar.  
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04/02/20 10:01 - Sérgio Gaiafi
Quero ser o amor,
namorar aonde eu for...
No cafofo que eu quiser
e até onde estiver... 
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04/02/20 14:43 - Solano Brum
Tanto busquei a perfeição...
Mal a alguém, eu nunca fiz!
Por buscá-la, meu coração,
Esqueceu-se de ser feliz!
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04/02/20 18:50 - Cristina Gaspar
Namoro telhado de céu
Romantismo de pobre
A Lua cria o mel
Para um amor nobre.
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05/02/20 02:37 - Norma Aparecida Silveira Moraes
Trocar juras de amor
E fazer amor gostoso
Ter da vida o sabor
De um amor generoso.
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05/02/20 14:38 - Uma Mulher Um Poema
Namoro é muito bom,
namoro é felicidade,
É como comer bombom
na pracinha da cidade. 
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POETA OLAVO
Enviado por POETA OLAVO em 04/02/2020
Reeditado em 05/02/2020
Código do texto: T6857750
Classificação de conteúdo: seguro