"CREPÚSCULO" -- A TROVA DO DIA

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"Literatura é a linguagem da resistência.”
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Noemi Jaffe (1962/..)
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É uma escritora, poeta, professora e crítica literária brasileira natural de São Paulo (SP). Formada em letras, atua como professora de literatura brasileira no ensino fundamental de 1987 a 2008. Em 2001, publica Folha Explica Macunaíma, primeira de suas obras no campo da não ficção, e seu primeiro livro de poemas, a coletânea Todas as Coisas Pequenas, é lançado em 2005. A partir de 2006, colabora como resenhista e crítica do caderno Ilustrada, da Folha de S.Paulo, e no jornal Valor Econômico. Doutora-se em letras pela Universidade de São Paulo (USP), em 2007, orientada pelo professor e crítico José Miguel Wisnik (1948), com tese sobre a poesia de Antônio Cícero (1945). Desde 2008, ministra cursos livres de escrita criativa na Casa do Saber, em São Paulo, e torna-se professora do programa de pós-graduação em crítica e teoria literária da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP), em 2009. Seis anos depois da primeira antologia poética, em 2011, lança Quando Nada Está Acontecendo, conjunto de breves poemas em prosa. No ano seguinte, publica O que os Cegos Estão Sonhando?, narrativa sobre o diário de Lili Jaffe, sua mãe, escrito durante seu confinamento no campo de concentração em Auschwitz, Polônia, entre 1944 e 1945, finalista do Prêmio Jabuti, de 2013, na categoria biografia. Noemi Jaffe inicia sua obra com o livro de poemas Todas as Coisas Pequenas, em que narra a exploração da prosa e do verso curto e longo. A sequência de abertura intitula-se “Apocalipse Mínimo” – visão, entre a ironia e a seriedade, da temática da existência ou da inexistência de Deus. Ao propor a ignorância ou a inconsciência do ente divino em relação a si mesma e ao mundo, Noemi transforma Deus em um ser tão atônito quanto os homens, representados nos poemas por autoridades filosóficas como santo Agostinho e Espinosa. Do diálogo entre Deus e o filósofo denota-se a absurdidade de tudo: “Os homens sabem mais do que eu sobre mim? / – Certamente. Você não sabe nada sobre você mesmo”. Dessa relação, o sujeito poético aproveita para também inserir-se no conflito acerca da fé e da descrença. Também têm destaque o livro Quando Nada Está Acontecendo (2011) e o mais recente, A Verdadeira História do Alfabeto e Alguns Verbetes de um Dicionário (2012). No primeiro, pequenas histórias atravessam alguns gêneros textuais: relato, aforismo, crônica, anotação e até mesmo questionamentos oraculares, porém sem nunca deixarem de buscar uma sonoridade e um ritmo próprios da poesia, em meio à temática do banal e do cotidiano. No segundo, pela reescritura ficcional da origem do alfabeto, Noemi explora as sendas da literatura imaginativa, estabelecendo relações entre vasta trama de referências - o filósofo grego Epicuro (341 a.C.-270 a.C.), o compositor alemão Johann Sebastian Bach (1685-1750), o escritor Mário de Andrade (1893-1945) - em um painel em que o lúdico, a criatividade e a história se misturam. Avessa à limitação dos gêneros literários, Noemi Jaffe elegeu a linguagem como o tema de seus livros – e tuítes, sendo considerada a arqueóloga das palavras.
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A TROVA DO DIA - CCXCI

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"CREPÚSCULO"

2Q==

A idade avança e aparece,
Mudando minha fisionomia,
Mas o que não envelhece,
É o meu tempo de poesia.
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N.A.: "A TROVA DO DIA" é um projeto de publicação em série de quadras poéticas de minha autoria por tempo indeterminado. Maiores informações a respeito constam das sete primeiras publicações.
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Abraços
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Interações (meus agradecimentos):

29/01/20 08:14 - Antônio Souza
Comigo vai o tempo sopesado
Dele retiro suaves lembranças
Fiz amigos formei um legado
Ainda espero colher bonanças.
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29/01/20 09:06 - Joselita Alves Lins
Quanto mais eu envelheço,
mais meu amor se consolida,
pois ser feliz eu mereço
e disso ninguém duvida!
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29/01/20 10:25 - Uma Mulher Um Poema
A poesia rejuvenesce o Poeta,
Sempre feita com amor e esmero,
Nas noites surgindo a lua bela,
Em versos de puro sentimento.
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