======================================= 
"Não é a política que faz o candidato virar ladrão.
É o seu voto que faz o ladrão virar político.”

 ======================================= 


Z
 ==========================  
Alberto de Oliveira (1857/1937)
========================== 
Antônio Mariano Alberto de Oliveira (Alberto de Oliveira como é conhecido), foi um escritor, poeta, professor e farmacêutico brasileiro natural de Palmital de Saquarema, RJ. Fez os estudos primários em escola pública na vila de N. S. de Nazaré de Saquarema. Depois cursou humanidades em Niterói. Diplomou-se em Farmácia, em 1884, e cursou a Faculdade de Medicina até o terceiro ano, onde foi colega de Olavo Bilac, com quem, desde logo, estabeleceu as melhores relações pessoais e literárias. Bilac seguiu para São Paulo, matriculando-se na Faculdade de Direito, e Alberto foi exercer a profissão de farmacêutico. Deu o nome a várias farmácias alheias. Uma delas, e por muitos anos, era uma das filiais do estabelecimento do velho Granado, industrial português. Casou-se em 1889, em Petrópolis, com a viúva Maria da Glória Rebelo Moreira, de quem teve um filho, Artur de Oliveira. Em 1892, foi oficial de gabinete do presidente do Estado, Dr. José Tomás da Porciúncula. De 1893 a 1898, exerceu o cargo de diretor geral da Instrução Pública do Rio de Janeiro. No Distrito Federal, foi professor da Escola Normal e da Escola Dramática. Com dezesseis irmãos, sendo nove homens e sete moças, todos com inclinações literárias, destacou-se Alberto de Oliveira como a mais completa personalidade artística entre eles. Ficou famosa a casa da Engenhoca, arrabalde de Niterói, onde residia, com os filhos, o casal Oliveira, e que era frequentada, na década de 1880, pelos mais ilustres escritores brasileiros, entre os quais Olavo Bilac, Raul Pompeia, Raimundo Correia, Aluísio e Artur Azevedo, Afonso Celso, Guimarães Passos, Luís Delfino, Filinto de Almeida, Rodrigo Otávio, Lúcio de Mendonça, Pardal Mallet e Valentim Magalhães. Nessas reuniões, só se conversava sobre arte e literatura. Sucediam-se os recitativos. Eram versos próprios dos presentes ou alheios. Heredia, Leconte, Coppée, France eram os nomes tutelares, quando o Parnasianismo francês estava no auge. Em seu livro de estreia, em 1877, as Canções românticas, Alberto de Oliveira mostrava-se ainda preso aos cânones românticos. Mas sua posição de transição não escapou ao crítico Machado de Assis num famoso ensaio, de 1879, em que assinala os sintomas da “nova geração”. O anti-Romantismo vinha da França, a partir de uma plêiade de poetas reunidos no Parnasse Contemporain, Leconte de Lisle, Banville, Gautier. Nas Meridionais (1884) está o seu momento mais alto no que concerne à ortodoxia parnasiana. Concretiza-se o forte pendor pelo objetivismo e pelas cenas exteriores, o amor da natureza, o culto da forma, a pintura da paisagem, a linguagem castiça e a versificação rica. Essas qualidades se acentuam nas obras posteriores. Com os Sonetos e poemas, os Versos e rimas e, sobretudo, com as coletâneas das quatro séries de Poesias, que se sucederam nos anos de 1900, 1905, 1913 e 1928, é que ele patenteou todo o seu talento de poeta, a sua arte, a sua perfeita mestria. Foi um dos grandes cultores do soneto em língua portuguesa. Com Raimundo Correia e Olavo Bilac, constituiu a trindade parnasiana no Brasil. O movimento, inaugurado com os Sonetos e rimas (1880) de Luís Guimarães, teria a sua fase criadora encerrada em 1893 com os Broquéis de Cruz e Sousa, que abriram o movimento simbolista. Mas a influência do Parnasianismo, sobretudo pelas figuras de Alberto e Bilac, se faria sentir muito além do término como escola, estendendo-se até a irrupção do Modernismo (1922). Tendo envelhecido tranquilamente, Alberto de Oliveira pôde assistir, através de uma longa existência, ao fim da sua escola poética. Mas o fez com a mesma grandeza, serenidade e fino senso estético que foram os traços característicos da sua vida e da obra. O soneto que abre a 4ª. série das Poesias (1928), “Agora é tarde para novo rumo/ dar ao sequioso espírito;...” sintetiza bem a sua consciência de poeta e o elevado conceito em que punha a sua arte. Durante toda a carreira literária, colaborou também em jornais cariocas: Gazetinha, A Semana, Diário do Rio de Janeiro, Mequetrefe, Combate, Gazeta da Noite, Tribuna de Petrópolis, Revista Brasileira, Correio da Manhã, Revista do Brasil, Revista de Portugal, Revista de Língua Portuguesa. Era um apaixonado bibliófilo, e chegou a possuir uma das bibliotecas mais escolhidas e valiosas de clássicos brasileiros e portugueses, que doou à Academia Brasileira de Letras. da qual foi um dos fundadores. Em 1924, já em pleno Modernismo e sob o impacto da Semana de Arte Moderna, o parnasiano Alberto de Oliveira é eleito o “Príncipe dos Poetas”, no lugar deixado vago por Olavo Bilac. Embora tenha vivido 80 anos de profundas transformações políticas, econômicas, sociais, além de literárias, Alberto de Oliveira sempre foi fiel ao Parnasianismo, sendo considerado mestre dessa estética e o mais perfeito dos parnasianos. Alberto de Oliveira faleceu em Niterói, Rio de Janeiro, no dia 19 de janeiro de 1937.
====================================================


XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

 
A TROVA DO DIA - CCXC

===========================
"INQUILINO"  

images?q=tbn:ANd9GcRr-QCUmYkIiw2pyUokn7Nv1b8vB4MpmsYS5aPRVY8919RNuz_6&s

Faça da sua desilusão,
Um jeito terno de amar,
Traga pro seu coração,
Outro amor pra habitar.
==========================
-------------------------------------------------------
N.A.: "A TROVA DO DIA" é um projeto de publicação em série de quadras poéticas de minha autoria por tempo indeterminado. Maiores informações a respeito constam das sete primeiras publicações.
--------------------------------------------------------

==============================
Abraços
==============================


Interações (meus agradecimentos):

28/01/20 09:08 - Antônio Souza
Um amor perdido entristece
A vida sem amor fica vazia
Um novo amor rejuvenesce
Amor eterno era tudo q'queria.  
------------------------------

28/01/20 10:37 - Uma Mulher Um Poema
Ando bastante desiludida
E assim eu vou vivendo,
Busco a contagiante alegria,
Nas ruas que vou percorrendo. 
------------------------------
28/01/20 16:44 - Joselita Alves Lins
Morarás no meu coração,
se fores bom inquilino.
E sem pagar prestação,
pois isso eu patrocino. 
------------------------------
 

 
POETA OLAVO
Enviado por POETA OLAVO em 28/01/2020
Reeditado em 28/01/2020
Código do texto: T6852126
Classificação de conteúdo: seguro