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"O amor é a comédia na qual os atos são mais curtos
e os intervalos mais compridos. Como,  portanto,  ocupar
o tempo dos intervalos senão com a fantasia?"
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Martins Pena (1815/1848)
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Foi um dramaturgo e teatrólogo brasileiro natural do Rio de Janeiro (RJ) e introdutor da comédia de costumes no teatro no Brasil. É considerado um dos principais autores do Teatro no Romantismo do país, no século XIX. Filho de João Martins Pena e Ana Francisca de Paula Julieta Pena, ficou órfão de pai com um ano de idade e com dez anos ficou órfão de mãe. Por determinação de seu padrasto, foi entregue aos cuidados de tutores e dedicou-se aos estudos. Em 1835, Martins Pena concluiu o curso de Comércio. Ingressou na Academia Imperial de Belas Artes, onde estudou arquitetura, desenho e música. Dedicou-se também ao estudo de história, literatura, teatro e línguas, tendo grande facilidade para dominá-las, o que facilitou posteriormente o seu ingresso na carreira diplomática. Motivado pela criação de um teatro tipicamente brasileiro, em consonância com o clima nacionalista da época, e favorecido pelo interesse do famoso ator e encenador João Caetano, Martins Pena iniciou sua carreira optando pelo único gênero teatral que poderia se adaptar às circunstâncias históricas do Brasil: a comédia de costumes. Em 1838 a peça “O Juiz de Paz na Roça”, de sua autoria, foi apresentada no Teatro de São Pedro de Alcântara, pela companhia de teatro João Caetano. A peça satiriza os costumes rurais, os costumes da “roça”, onde a ironia – quase sempre ingênua – atinge somente os pequenos proprietários. A graça advém dos hábitos curiosos, da fala simples e da extrema candura que envolve os personagens da roça. Até os corruptos, como o juiz de paz, não deixa de ter uma inocência simpática. Nesse mesmo ano, Martins Pena foi nomeado para o Ministério dos Negócios Estrangeiros, a princípio como amanuense e depois como adido, viajando para Londres, em 1847. No entanto, sua realização maior se deu como dramaturgo, deixando aproximadamente 30 peças, entre sátiras, farsas, dramas e comédia. Explorou em suas peças a vida no Rio de Janeiro, na metade do século XIX, construiu um retrato do Brasil da época. Nas suas comédias teatrais, ele colocava em cenas as questões do cotidiano – rivalidades políticas, abusos das autoridades, irregularidades no comércio, tudo na boca de personagens comuns. Suas comédias urbanas efetivavam um “retrato” da vida cotidiana do Rio de Janeiro, em especial do mundo da classe média. As dificuldades diárias, os casamentos por interesse e as raras formas de ascensão social são satirizadas em peças rápidas e de poucas cenas. Martins Pena escreveu comédias e também dramas históricos, entre eles: “A Família e a Festa na Roça” (1840), “O Caixeiro da Taverna” (1845), “O Judas em Sábado de Aleluia” (1846), “Os Irmãos das Almas” (1846), “Quem Casa Quer Casa” (1847), “D. Leonor Teles”, “Vítiza ou O Nero da Espanha”, “O Noviço” (1853) e “Os Dois ou o Inglês Maquinista” (1871. Martins Pena é o patrono da cadeira n. 29 da Academia Brasileira de Letras por escolha do fundador Artur Azevedo. Doente de tuberculose, e fugindo ao frio de Londres, veio a falecer em Lisboa, em trânsito para o Brasil, no dia 7 de dezembro de 1848.
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A TROVA DO DIA - CCLXXVIII

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  "FLUIDOS"

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Nossos fluidos ainda se exalam,
Trazendo aromas bem distantes,
Mas nossas vozes não se calam,
Enquanto formos bons amantes.
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N.A.: "A TROVA DO DIA" é um projeto de publicação em série de quadras poéticas de minha autoria por tempo indeterminado. Maiores informações a respeito constam das sete primeiras publicações.
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Abraços
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Interações (meus agradecimentos):

16/01/20 09:21 - Joselita Alves Lins
Sinto ainda teu perfume,
e isso me faz recordar
o quanto eu sentia ciúmes
ver-te com outra a namorar. 
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18/01/20 08:36 - Antônio Souza
Sinto de longe o teu cheiro
Aroma igual ao teu não existe
Me encantaste com tiro certeiro
Viver contigo o coração insiste.  
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POETA OLAVO
Enviado por POETA OLAVO em 16/01/2020
Reeditado em 21/01/2020
Código do texto: T6842877
Classificação de conteúdo: seguro