SENHORA DOS CABARET's

Linda tu é quando em voga, vira dália, toca a lira, invoca dama mais-que-perfeita: um organdi de sublime leveza e que sedutor vaga reviravolta pelo ar.

Linda tu é quando sacral oculta o recato amor secreto, e assim entre desinências e mistérios vaga pio perdido em vã promessas.

Linda tu é quando revela a oculta face pura de infante que ao vento se perde

EM PENSAMENTO COR DE ÉBANO,
É COR TÃO DENSA,
QUE GUARDO DENTRO
DE UM ÁLBUM ENTRE  
PÁGINAS AMARELADAS,
TEU RETRATO.

LINDA TÚ ÉS, 
FEITO SANTA IMACULADA
SENHORA DOS CABARET's , 
NINGUÉM SABE QUEM TU ÉS?

SE
ÉS JOGO DE UMA PEDRA QUE ROLA PELA CALÇADA EM BUSCA DE TETO, OU DE UM CONTO DE FADA.

TEU PREÇO 
A TUA PAGA SERIA MIL RÉIS,
AQUELA OU POR OUTRA DAMA QUE DISFARÇA ESSE AMOR NO FRACASSO,
MAS SEMPRE ESBARRA NOS MEUS BRAÇOS,
A PROCURA DE UM ENCONTRO COMPACTO, DEBRUÇADO SOBRE A CAMA, 
VEM!
ME MATA ESSA SEDE, ESSA GANA! LINDA TU ÉS,
COMO SE FOSSE UMA CANÇÃO SEM 
ESPERANÇA!

MAS NINGUÉM SABE QUEM TU ÉS?

SERRAOMANOEL - SLZ/MA - TRINIDAD - 06.10.2007.
 
serraomanoel
Enviado por serraomanoel em 06/10/2007
Reeditado em 17/08/2008
Código do texto: T682837
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