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"Entre todas as coisas que sabemos, nossa
língua é a que devemos saber melhor."
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Júlia Lopes de Almeida (1832-1934)
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Foi uma escritora, cronista, teatróloga e abolicionista brasileira natural do Rio de Janeiro (RJ). Foi uma das idealizadoras da Academia Brasileira de Letras. Tem uma produção grande e importante para a literatura brasileira, de literatura infantil a romances, crônicas, peças de teatro e matérias jornalísticas. Foi casada com o poeta português Filinto de Almeida, e mãe dos também escritores Afonso Lopes de Almeida, Albano Lopes de Almeida e Margarida Lopes de Almeida. Era filha do médico Valentim José da Silveira Lopes, mais tarde Visconde de São Valentim, e de Adelina Pereira Lopes, ambos portugueses emigrados para o Brasil. Mudou-se ainda na infância para a cidade de Campinas, no estado de São Paulo, onde em 1881 publicou seus primeiros textos na Gazeta de Campinas, apesar de na época a literatura não ser vista como uma atividade própria para mulheres. Numa entrevista concedida a João do Rio entre 1904 e 1905, confessou que adorava escrever versos, mas o fazia às escondidas. Três anos depois, em 1884, começa a escrever também para o jornal carioca O País, trabalho que durou mais de três décadas. Em 1886, mudou-se para Lisboa, onde se lança como escritora e junto de sua irmã publica Contos Infantis, em 1887. Em 28 de novembro de 1887 casou-se com Filinto de Almeida, à época diretor da revista A Semana Ilustrada, editada no Rio de Janeiro. Passou a ser colaboradora sistemática da publicação. Também escreveu para a revista Brasil-Portugal (1899-1914). Júlia retornou ao Brasil em 1888, onde publica seu primeiro romance, Memórias de Marta, que sai em folhetins em O País. Seus textos em jornais da época tratam sempre de temas pertinentes como a República, a abolição e direitos civis. Pioneira da literatura infantil no Brasil, seu primeiro livro, Contos Infantis (1886), foi uma reunião de 33 textos em verso e 27 em prosa destinados às crianças, escrito em parceria com sua irmã, Adelina Lopes Vieira. Um ano depois, publicou Traços e Iluminuras, o primeiro dos seus 10 romances. Escreveu também para teatro, com dois volumes publicados e cerca de 10 textos inéditos. Foi presidenta honorária da Legião da Mulher Brasileira, sociedade criada em 1919. Sua coletânea de contos Ânsia Eterna, 1903, sofreu influência de Guy de Maupassant e uma das suas crônicas veio a inspirar Artur Azevedo ao escrever a peça O dote. Em colaboração com o marido, escreveu, em folhetim do Jornal do Commercio, seu último romance, A Casa Verde, em 1932. Júlia Lopes de Almeida integrava o grupo de escritores e intelectuais que planejou a criação da Academia Brasileira de Letras. Seu nome constava da primeira lista dos 40 "imortais" que fundariam a entidade, elaborada por Lúcio de Mendonça. Na primeira reunião da ABL, porém, seu nome foi excluído. Os fundadores optaram por manter a Academia exclusivamente masculina, da mesma forma que a Academia Francesa, que lhes servia de modelo. No lugar de Júlia Lopes entrou justamente o seu marido, Filinto de Almeida, que chegou a ser chamado de "acadêmico consorte". O veto à participação de mulheres só terminou em 1977, com a eleição de Rachel de Queiroz para a cadeira nº 5. Júlia Lopes de Almeida faleceu em 30 de maio de 1934, na cidade do Rio de Janeiro, por complicações renais e linfáticas decorrentes da febre amarela. Ela foi sepultada no cemitério São Francisco Xavier. Postumamente, no mesmo ano, foi publicado seu último romance, Pássaro Tonto, deixando um extenso e importante acervo de obras entre romances, contos, novelas e peças teatrais.
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A TROVA DO DIA - CCLV

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"TEMPO DE CRIANÇA"
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Tempo bom aquele de criança,
Que se inventava brincadeiras,
Muita inocência e esperanças,
  Com cirandas e pega bandeiras.  
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N.A.: "A TROVA DO DIA" é um projeto de publicação em série de quadras poéticas de minha autoria por tempo indeterminado. Maiores informações a respeito constam das sete primeiras publicações.
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Abraços
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Interações (meus agradecimentos):


24/12/19 16:06 - Uma Mulher Um Poema
Vem-me a triste lembrança
de um circo em sua partida,
Como se fosse a esperança
partindo da minha vida. 
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25/12/19 00:38 - Joselita Alves Lins
Eu brincava de passa-anel
e sempre queria ganhar
Fazia barquinho de papel
Agora brinco de trovar.
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25/12/19 22:24 - Cleir
Quando eu era uma criança
Não gostava de boneca
Vida adulta deu herança
Filha linda bem sapeca.
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01/01/20 12:17 - Maria Augusta da Silva Caliari
Todo dia é pra se venerar
A geração mais mimosa e pura
Sempre nós a lhes dar ternura
Pois, é tempo de aprender e amar!  
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POETA OLAVO
Enviado por POETA OLAVO em 24/12/2019
Reeditado em 21/01/2020
Código do texto: T6825982
Classificação de conteúdo: seguro