BRINCANDO COM A MORTE,
 
A morte ronda a vida,
Querendo levar vantagem;
Se a pega desprevenida,
Empreendes a última viagem.
 
Temos que ficar alerta,
Com os riscos que corremos;
Se a gente não fica esperta,
Num segundo nós morremos.
 
Ninguém fica pra semente,
Mas não precisa ter pressa;
DEUS nos chama simplesmente,
Nem adianta fazer promessa.
 
Só peru morre na véspera,
Diz o ditado popular;
Este dia ninguém espera,
Mas um dia, ele vai chegar.
 
DEUS tem sido benevolente,
Ao julgar os meus abusos;
No trânsito fui delinquente,
Na diabetes, obtuso.
 
Abusando cheguei aos oitenta,
Meio surdo e meio cego;
Meu corpo ainda aguenta,
Novo regime que não nego.