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"Espero o princípio, porque o fim já está
comigo desde minha formação."
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Adalgisa Nery (1905/1980)
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Adalgisa Maria Feliciana Noel Cancela Ferreira, mais conhecida como Adalgisa Nery, foi uma poetisa modernista e jornalista brasileira natural do Rio de Janeiro, mais conhecida por suas obras Ar do Deserto, de 1943, Mundos Oscilantes publicado entre 1937 e 1952, e A Imaginária, de 1959. Estudou como interna em um colégio de freiras e, naquela época, já era vista como "subversiva" por defender as "órfãs" (categoria comum nos colégios religiosos da época), consideradas subalternas e maltratadas. Por essa razão, acabou sendo expulsa da escola. Portanto, a única educação formal que ela recebeu em vida foi a do ensino primário. Aos quinze anos, Adalgisa se apaixonou por seu vizinho, o pintor Ismael Nery. um dos precursores do Modernismo no Brasil, com quem casou aos dezesseis anos. O casamento durou doze anos, até a morte do pintor em 1934. A partir do casamento, Adalgisa Nery mergulhou em uma vida trepidante, que lhe proporcionou a entrada em um sofisticado circuito intelectual graças a frequentes reuniões em sua casa, uma estada de dois anos na Europa com o marido, e a consequente aquisição de cultura. Porém a vida de Adalgisa foi também muito marcada pelo sofrimento e pela relação conflituosa, muitas vezes violenta, com o marido. O casal teve sete filhos, todos homens, mas somente o mais velho, Ivan, e o caçula, Emmanuel, sobreviveram. Em razão do grande sofrimento causado pelo abandono de Lourival Fontes, seu segundo marido, e apesar de seu valor literário ser reconhecido não só no Brasil como na França, onde uma coletânea de poemas foi traduzida por Pierre Seghers, Adalgisa resolveu destruir a própria fama e renegar sua obra. A partir daí, tornou-se jornalista, escrevendo para o jornal Última Hora e política. Foi eleita deputada três vezes, primeiro pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) e depois, no tempo do bipartidarismo, pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Em 1969 teve o mandato e seus direitos políticos cassados. Pobre e desamparada, sem ter onde morar, após em vida ter doado tudo para os filhos, Adalgisa passou a residir entre 1974 e 1975 em uma casa do comunicador Flávio Cavalcanti, em Petrópolis, onde viveu como reclusa. Contrariando seu propósito de nunca mais dedicar-se à literatura, ela escreveu e publicou ainda dois livros de poesia, dois de contos, um de artigos e um romance, Neblina. O romance foi dedicado a Cavalcanti, considerado "dedo-duro" pela Ditadura, em gratidão pelo acolhimento que lhe dera. No conflito entre o que seria "politicamente correto" e a lealdade a um amigo, Adalgisa escolheu, sem hesitar, o caminho do afeto. Em razão disso, o livro foi ignorado pela crítica. Em 1975 passou a morar na casa de seu filho mais moço, Emmanuel. Em maio de 1976, deixou um bilhete para o filho e se internou sozinha, por livre e espontânea vontade, sem ter doença alguma, numa casa de repouso para idosos, em Jacarepaguá. Emmanuel, quando chegou em casa, surpreso, não encontrou mais a mãe. Um ano mais tarde, ela sofreu um acidente vascular cerebral e ficou afásica e hemiplégica. Três anos mais tarde, aos setenta e quatro anos, faleceu.
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A TROVA DO DIA - CCIII
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"ROMANTISMO

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Quando existe o bom amor,
  Na borrasca ou na calmaria,  
Tudo se acerta com u'a flor,
  Ornamentada com poesias.  

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N.A.: "A TROVA DO DIA" é um projeto de publicação em série de quadras poéticas de minha autoria por tempo indeterminado. Maiores informações a respeito constam das sete primeiras publicações.
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Abraços
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Interações (meus agradecimentos):

02/11/19 22:13 - Norma Aparecida Silveira Moraes
Tão bom o romantismo
Faz a relação delicada
É o amor sem oportunismo
É a paixão mais dedicada.
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03/11/19 01:21 - Joselita Alves Lins
Aos meus pés ajoelhado
m'entregou um'aliança
Tive o coração rasgado
Por ter dado confiança. 
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03/11/19 08:52 - Antônio Souza
O amor é o nosso alimento
Que nos cura de toda dor
As vezes causa sofrimento
Mas faz parte sim senhor.
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03/11/19 17:44 - Cleir
Romantismo é ternura
É amor e mais canção
Vindo da alma pura
Fala alto ao coração.
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04/11/19 21:10 - Uma Mulher Um Poema
O amor é um sentimento lindo,
Faz o coração acelerar,
Quando existe romantismo,
Na felicidade que perdurará! 
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05/11/19 20:59 - lumah
Romantismo é o sutil amor
Ternura e carinho sem fim
É a suave entrega com fervor
Quando as almas estão afim. 
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POETA OLAVO
Enviado por POETA OLAVO em 02/11/2019
Reeditado em 05/11/2019
Código do texto: T6785821
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