Professor

E então chegou o dia em que o aluno se tornou cliente;

decisão sábia de algum gatuno impertinente.

É cliente porque paga e gera receita e tem direito;

Educação virou chaga pois não endireita e se associa ao malfeito.

O mestre virou prô ou tio na profissão que agoniza indefesa,

um samba desconjuntado da nega fulô como não se viu, pois prô é despesa.

Na missão da nova escola não se pode reprovar nem tampouco ensinar;

o prô está à esmola, o aluno mal sabe contar, mas o ensino-aprendizagem vai lacrar!

É sabido que o cliente sempre tem razão e o prô nada sabe, não;

a receita, indispensável; a despesa, execrável.