Feche a porteira do coração, mio vassalo

Tu não vale, ó vassalo

Nem uma gota do meu suor

Muito menos uma lágrima

Nem se quer o meu pudor.

Falta-lhe vida e receio

De ser e não ser

Devia tomar um banho de sol

E desaparecer, pena que não é vampiro.

Outrossim sugou completamente

Tudo o que eu tinha

Ignorou o amor, minha sina

Que estava crescendo, tão rente tão rente.

Era feito raiz de planta dicotiledônea

-Profunda profunda-

Afogou-se, ó vassalo

Afogou-se no fundo de minh´alma.

Levou-me embora e deixou aberta

Para sempre

A tua porteira.

Aquela que prometeu fechar: a do teu coração.