Deusa das Matas
Sai de dentro da floresta
Virgem morena pálida
Do sonho o que resta
O riso e uma luz cálida
Quanto esforço de vê-la
Sentir êxtase de sua mágica
Oh deusa das matas estrela
Brilho em minha vida trágica
Pássaro luz a pousar
Sobre ombros arrefecidos
Traz a vida em seu olhar
Aos filhos adormecidos
Mãe dos fracos e oprimidos
E rainha dos aflitos
Ajudai aos ofendidos
Superarem seus conflitos
Mas a deusa das matas
Com olhar terno esvanece
Sorrindo meiga se afasta
A ela elevamos uma prece
10-04-90
Do livro O Comedor de Livros - 1991